Skin in the game: o que é e qual a sua importância para quem quer investir?
Entenda o que significa o termo “Skin in the game”, seus principais conceitos e qual sua relevância para o mercado de investimento.
13/02/2020
Investimentos

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“Dar a cara a tapa” é uma expressão bastante utilizada no Brasil e representa assumir os riscos de uma situação. O Skin in the game, termo utilizado pelo superinvestidor, Warren Buffet, é bem similar. Basicamente, indica que o investidor “arrisca a própria pele” e assume os riscos do investimento.
O termo “Skin in the game” é conceituado pelo autor, ensaísta, estatístico e analista de riscos financeiros Nassim Taleb. No mundo do investimento, esses conceitos exigem que investidores e quem pretende começar a investir estejam por dentro do significado dessas estratégias no mercado de investimento.
Mas, afinal, o que significa “Skin in the game”? Como o conceito se aplica a quem quer investir?
O que é o Skin in the game?
Em tradução livre, “skin” quer dizer “pele”, “casca”, “couro”. Já “in the game” significa “em jogo”. Dessa forma, se formos juntar a frase ficaria algo como “pele em jogo”, o que já nos traz algum sentido sobre o termo, certo?
No entanto, o “pele em jogo” ganha novas compreensões com o contexto inserido. Então, imagine que você vá a um comércio que vende vinho caseiro. Chegando lá, se depara com várias opções de vinho, mas o comércio não é conhecido por você, então gera aquela dúvida na hora de comprar.
Você já está em dúvida e acaba por saber que o próprio dono do comércio compra vinhos para seu uso próprio em outros estabelecimentos. O que isso geraria em você? Isso mesmo, dúvida. A dúvida, quase certeza, de que talvez não valha a pena seu investimento. Afinal, se nem o fabricante quer, por que é que você vai querer?
O exemplo acima é apenas para ilustrar um comportamento que traz um sinal de alerta para o investidor. Afinal, quem confiaria investir no produtor de vinhos que “não arrisca a própria pele” e vende seus produtos?
Quem decide adotar a filosofia Skin in the game garante a qualquer comprador que seu negócio é o melhor. E isso por meio de investimento em seu próprio negócio.
Em termos mais simples, percebe o que quisemos demonstrar com o exemplo do vinheiro? A filosofia do Skin in the game é representada pela determinação de assumir os riscos investindo seu próprio dinheiro e estando envolvido com possíveis casos de crises e erros do próprio negócio.
Quem criou o termo Skin in the game?
Utilizado pelo superinvestidor Warren Buffet, o conceito de Skin in the game se consolidou como uma ferramenta de segurança para quem quer investir. Com ela é possível analisar o nível de confiabilidade do negócio de investimento de acordo com o envolvimento financeiro dos próprios administradores da empresa.
Warren Buffet é um grande incentivador do conceito do “dar a cara a tapa”, e é atrelado ao termo como seu criador. No entanto não foi ele o maior propagador do termo.
Defendendo o atributo do risco, Nassim Taleb, publica Skin in the game em 2018. Ele é ensaísta, estatístico e analista de riscos financeiros e tem muita influência no mercado de finanças, nascido na década de 1960 em Amioun, Líbano. Escreveu renomados livros sobre o mercado financeiro ganhando destaque por suas ideias inovadoras.
Sua principal ideia é explicar em seus livros o que considera “a mãe de todas as disciplinas”: o estudo da incerteza e sobre correr riscos. O matemático Taleb é bacharelado e mestre pela Universidade de Paris, além de ter obtido seu MBA pela Wharton School, relacionada à Universidade da Pennsylvania. Além disso, em 1998 se tornou PhD.
Publicou livros como “Fooled by Randomness”, em 2001, conhecido como “traído pelo acaso”; em 2007 publicou “The Black swan”, conhecido como “A Lógica do Cisne Negro”; no ano de 2012 lançou o famoso “Antifragile” ou “Antifrágil” e em 2018 veio a publicar o “Skin in the game”, que significa “arriscando a própria pele”.
Em seu livro publicado em 2018, Taleb desenvolve a ideia prioritária do conceito de Skin in the game, onde acredita que para viver em um ambiente cheio de riscos e imprevisibilidade é necessário viver o tempo todo com “a pele em jogo”, ou seja, arriscando a própria pele.
Qual a relevância do Skin in the game para quem quer investir?
No mundo do investimento, o conceito do Skin in the game pode ser considerado um enfrentamento dos riscos e incertezas. Ele implica em maiores cálculos de probabilidade e precaução nas escolhas e decisões de uma aplicação.
Mas Skin in the game é também um exercício de confiança, pois desperta a atenção para o capital do próprio administrador do negócio, permitindo compreender o nível de confiabilidade que o investimento pode gerar.
A lógica seria de refletir sobre o investimento da seguinte maneira: se essa aplicação é tão rentável e possível de gerar lucros, por que quem o administra não investe no próprio negócio, optando por investir em outros?
A principal vantagem de adotar a filosofia ou de buscar investimentos acreditando e visando o conceito do Skin in the game está justamente na probabilidade de alcançar os melhores resultados. Afinal, administradores que investem o próprio dinheiro em seu negócio não estão jogando para perder.
No entanto, tais aspectos também podem ser considerados de certa desvantagem. O conceito pode gerar muita confiabilidade, mas não traz garantia nenhuma, o que pode ocasionar um resultado inesperado. Resta agora analisar os conceitos do termo e balancear o que tem mais relevância para você na hora de investir.
Como vimos, conhecimento é fundamental para o investidor. Que tal aumentar o seu conhecimento na Capital Research? Cadastre-se e tenha acesso a conteúdos exclusivos!
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