O que é risco de crédito e como ele afeta os investimentos

Antes de escolher um investimento, vale se informar sobre o que é risco de crédito. Preparamos um guia com tudo sobre o assunto.

Quer saber o que é risco de crédito? Essa preocupação mostra o seu interesse em se qualificar enquanto investidor e trabalhar para o dinheiro render mais.

De fato, todo tipo de aplicação financeira tem seus riscos. Dentre eles, o risco de crédito é um dos que podem gerar maiores problemas para os investidores e causar prejuízos importantes.

Porém, ele nem sempre é analisado como deveria e, em muitos casos, seus índices são até ignorados por quem investe. Não é o tipo de erro que você deseja cometer, certo?

Por isso, se você está avaliando novas formas de investir, acompanhe este artigo até o final, saiba o que é risco de crédito nas aplicações financeiras e como lidar com ele.

O que é risco de crédito?

Sabe quando você solicita algum tipo de empréstimo ou produto financeiro ao banco e o gerente faz uma análise de crédito pessoal? Pois é, ele está avaliando o seu risco de crédito como pessoa física.

Em outras palavras, a instituição analisa qual a sua capacidade de pagamento pelo crédito solicitado e, ainda, a chance de você dar o famoso calote.

Esse é um procedimento comum entre empresas e pessoas, não é mesmo? Mas, a análise reversa também deveria acontecer por parte dos investidores em relação aos seus investimentos.

Pense com a gente: quando uma pessoa compra uma ação ou título público, está “emprestando” dinheiro para a empresa ou governo. A venda de ativos é uma maneira que as organizações têm para financiar suas atividades. Em troca, elas pagam juros aos compradores dos papéis.

Nesse sentido, é importante que você, como investidor, analise a capacidade de pagamento das empresas que está financiando. E se você se pergunta o que é risco de crédito, é exatamente disso que estamos falando: da possibilidade de não ser pago.

Assim, avaliar o risco de crédito nos investimentos exige estudar se as organizações conseguirão honrar com o pagamento do capital investido e dos juros de remuneração.

Como avaliar o risco de crédito nos investimentos

Quando uma empresa analisa o risco de crédito de uma pessoa física, ela pode recorrer a bancos de dados como o SPC e Serasa. Neles, será possível consultar a pontuação do CPF quanto a pagamentos, níveis de endividamento e inadimplência.

Os investidores também podem recorrer a alguns mecanismos de pesquisa. Dentre eles, estão o rating e Índice de Basileia.

 

Rating: classificação de risco

O rating é uma metodologia específica desenvolvida por agências de classificação de risco. Standard & Poors, Moody’s e Fitch Ratings são algumas das mais famosas.

As entidades avaliam questões como tipo de negócio, cenário econômico e relação de parcerias para fazer a categorização do risco. As empresas avaliadas pelas agências são classificadas em:

  • Nível A (AAA, AA+, A1, A2, Aa): baixo risco de inadimplência
  • Nível B (BBB, BB+, B1, B2, Bb): risco médio de inadimplência
  • Nível C e variações: risco elevado de inadimplência
  • Nível D: em situação de calote.

Assim, sempre que for comprar um ativo de alguma empresa categorizada em rating, verifique qual seu risco de inadimplência.

 

Índice de Basileia

O Índice de Basileia é outro número que você pode utilizar para analisar o risco de crédito. Nesse caso, ele classifica o indicador de solvência dos bancos. Ou seja, o Índice de Basileia demonstra qual a capacidade que as instituições bancárias têm para cumprir suas obrigações de pagamento.

Especialmente se você for investir em papéis de bancos privados, como CDB, LCI e LCA, vale a pena conferir o Índice de Basileia e como a unidade se comporta quanto à inadimplência.

Como lidar com o risco de crédito ao investir?

Agora que você já sabe o que é risco de crédito, vale entender que o mais importante para evitar prejuízos é tentar minimizar esse tipo de ameaça.

No caso do risco de crédito, observar o rating e Índice de Basileia já é um caminho para entender a capacidade de pagamento de empresas e bancos privados.

Outro dado importante de observar nos investimentos é sua cobertura pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Aplicações como CDB, LCI e LCA são garantidas pelo FGC em até R$ 250 mil por conglomerado financeiro, CPF ou CNPJ.

Títulos públicos, por sua vez, têm baixo risco de calote. Isso porque existe pouquíssima chance dos governos ficarem inadimplentes com seus financiadores.

Outros tipos de risco em investimentos

Tudo entendido sobre o que é risco de crédito? Há mais ameaças ao seu dinheiro que precisa conhecer. Como bom investidor, fique atento a outros riscos que podem impactar seus investimentos.

 

Risco de mercado

Basicamente, o risco de mercado é aquele decorrente das oscilações de preços. Ou seja, ele diz respeito às perdas que podem ocorrer com o aumento ou diminuição do valor das commodities, ações, taxas de juros e câmbio.

Para neutralizá-lo, você deve se atualizar sobre a movimentação dos mercados e traçar estratégias de contenção.

 

Risco de liquidez

De forma resumida, tornar um ativo líquido é transformá-lo em dinheiro. O risco de liquidez, então, é a dificuldade de fazer com a aplicação financeira seja revertida em “caixa”.

Além disso, consideram-se também os custos para essa operação. Quanto mais difícil e cara ela for, maior pode ser a perda. Para diminuir esse risco, é importante não comprometer o seu orçamento em ativos de baixa liquidez.

Gostou de saber o que é risco de crédito e as dicas para lidar com ele? Veja mais informações relevantes sobre como aumentar seus ganhos em investimentos com a Capital Research.

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