Conheça os principais tipos de investimento do mercado financeiro

Aprenda sobre os tipos de investimento disponíveis, seus respectivos níveis de risco e para quais perfis de investidor são indicados

Tipos de investimento

Se você tem pesquisado sobre o mercado financeiro e suas particularidades, já deve ter notado que existem diversos tipos de investimentos e cada um é recomendado tem seu nível de risco, prazo de rentabilidade e é indicado para um determinado perfil de investidor.

Para quem prefere rendimentos garantidos e solidez a baixo risco, existe a Renda Fixa e os títulos do Governo. Agora se você está disposto a correr riscos a preço de obter retornos mais atrativos, há o mercado de ações e os títulos de Renda Variável, por exemplo, que dependem de vários fatores internos e externos para se manterem em alta.

Neste artigo mostraremos os principais tipos de investimento e seus respectivos níveis de risco, para quais perfis de investidor são indicados e seus prazos de retorno. Continue acompanhando a leitura para saber mais sobre o assunto!

Quais os principais tipos de investimento?

Independentemente do capital disponível, o fato é que qualquer pessoa pode começar a investir. Para que você tenha uma ideia, existem aplicações que começam a partir de R$ 30, como os títulos do Tesouro Direto.

O que determinará, entre os tipos de investimento, qual é o mais indicado para você são os níveis de risco, seus objetivos financeiros e por quanto tempo poderá manter a aplicação. Confira a seguir a lista que preparamos.

 

Renda Fixa

Nesta modalidade, os rendimento são mais previsíveis, em sua maioria, não oferecem grandes riscos ao investidor e muitas vezes podem ser resgatados até mesmo antes do prazo acordado, embora isso impacte em sua rentabilidade.

CDB

CDB ou Certificados de Depósitos Bancários são usados para que os bancos captem recursos, como uma espécie de empréstimo para que a instituição possa realizar financiamentos para outras pessoas.

Do mesmo modo que o banco cobra juros ao emprestar recursos a alguém, ele também deve pagar juros quando recebe o empréstimo de um determinado valor de um cliente. Ao final do prazo acordado, a instituição paga um percentual de juros ao investidor.

Seu nível de risco é baixo. Por isso, é indicado para investidores com o perfil conservador, mas seus prazos de rendimento podem variar bastante dependendo da aplicação realizada. 

Existem duas categorias de CDB: prefixados e pós-fixados. A primeira ocorre quando as taxas de remuneração são informadas no ato da contratação. Já no CDB pós-fixado, a remuneração pode variar conforme o indexador contratado, por isso não é possível saber sua remuneração na contratação, apenas após o vencimento da aplicação, que será calculado pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

RDB

O RDB ou Recibos de Depósito Bancário também é uma categoria na qual um banco recebe empréstimos, contudo a diferença é que nesta modalidade o investidor não pode retirar o valor antes do prazo estipulado.

Assim como a poupança, esse investimento é recomendado para investidores de perfil conservador, pois oferece baixo risco. Quanto aos rendimentos, também há a possibilidade de escolher entre um contrato prefixado ou pós-fixado.

No entanto, sempre há a possibilidade da instituição quebrar, caso não seja um banco sólido e, sendo assim, o investidor pode perder o dinheiro aplicado. Portanto, é recomendado investir sempre dentro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

LCI e LCA

A LCI é a Letra de Crédito Imobiliário. Trata-se de um investimento de Renda Fixa emitido pelas instituições bancárias.

O dinheiro captado pelo banco é utilizado para financiar atividades do mercado imobiliário. Em troca, o investidor recebe uma taxa de rentabilidade anual que é definida no ato da compra.

Outro aspecto da LCI é que ela tem uma data de vencimento pré-estabelecida. Ou seja, na hora da compra você já tem uma ideia de quanto sua aplicação irá render até o final do contrato.

A LCA é  a Letra de Crédito do Agronegócio. Também é um título de Renda Fixa emitido pelas instituições bancárias, mas o que muda é o setor no qual o investimento é focado. Neste caso, as atividades do agronegócio.

Ambas são recomendadas para investidores de perfil conservador, pois oferecem baixos riscos e têm rentabilidade definida no momento da compra. Quanto ao prazo, pode variar de uma companhia para outra.

CRI e CRA

CRI é o Certificado de Recebíveis Imobiliários e consiste em um investimento utilizado para financiar as transações do mercado imobiliário, assim como ocorre com a LCI. Em outras palavras, ao comprar um título você está emprestando recursos ao emissor do título e como compensação, recebe seu dinheiro de volta com juros e correção monetária.

Já o CRA é o Certificado de Recebíveis do Agronegócio. Ele também é semelhante ao CRI, mas com a diferença de que está relacionado ao agronegócio. Portanto, podemos afirmar que ele também tem semelhantes com a LCA.

Um ponto importante a se destacar que tanto o CRI quanto o CRA são tipos de investimento recomendados para quem já está familiarizado com o mercado financeiro e costuma investir valores mais altos, como membros de clubes de investimentos ou profissionais certificados.

Em relação à rentabilidade do CRI e do CRA, é possível encontrar três opções de contrato: prefixados, pós-fixados e híbridos. Como já mencionamos, na primeira alternativa é possível saber quanto a aplicação renderá até o final da contrato, na segunda podem ocorrer oscilações do mercado que irão interferir na rentabilidade.

No caso do contrato híbrido, tanto o CRI quanto o CRA podem combinar parte do rendimento a uma taxa prefixada e, também, a uma parte de oscilação de alguns índices econômicos, como o IPCA (Índice de Preços de Consumidor) e o CDI.

LC

A Letra de Câmbio é um título de Renda Fixa muito parecido com o CDB, mas com a diferença que é emitida por financeiras, em vez bancos. Como em qualquer investimento de Renda Fixa, o conceito é o mesmo: a instituição pega dinheiro emprestado com o investidor e, em troca, devolve o valor com uma remuneração em uma data definida.

O rendimento pode ser combinado com uma taxa fixa mais o IPCA ou atrelado ao CDI. Um dos motivos para dar preferência a esse tipo de investimento é que é possível encontrar uma LC dentro de um prazo que você queira investir a uma ótima rentabilidade.

Para investidores de perfil conservador a LC é uma boa alternativa, já que tem a garantia do FGC, que atua como um seguro contra quebras ou qualquer problema com a companhia que emitiu o título.

LF

Letra Financeira é um investimento de Renda Fixa que visa obter recursos de longo prazo (a partir de dois anos. É uma aplicação voltada para investidores mais arrojados, pois seu valor mínimo é de R$ 150 mil, com alta rentabilidade (em geral, pós-fixada) e uma incidência da menor alíquota do IR (15%).

O rendimento da LF costuma ser atrelado ao CDI que, por sua vez, é um índice de referência que se mantém próximo à Selic.

Outro aspecto importante sobre a LF é que o investimento não pode ser resgatado antes do prazo — somente no vencimento. Portanto, se optar por esse título, saiba que é preciso se planejar financeiramente, levando em consideração seus custos mensais, gastos extras e rendimentos no decorrer dos próximos meses ou anos, para não ser afetado pela falta de liquidez.

Debêntures

Assim como o Governo emite títulos de dívida pública, as empresas privadas também podem emitir títulos de dívida para os interessados. Estas companhias aplicam o dinheiro captado em grandes projetos, que trarão bons resultados a médio e longo prazo.

Ao comprar um debênture, o investidor se tornar um credor da empresa e, portanto, receberá juros pelos recursos emprestados, assim como um banco faz com seus clientes ao realizar empréstimos.

Porém, é importante lembrar que isso não tornar o investidor sócio do negócio, mas sim um credor.

Quanto ao perfil de investidor para esse tipo de investimento, pode variar, já que alguns debêntures têm alto nível de risco, enquanto outros oferecem pouco risco. Sobre o prazo do investimento, é importante saber que essas aplicações costumam durar pelo menos 2 anos até que possam ser resgatadas.

Títulos Públicos

Tratam-se dos títulos que o Governo Federal emite através do Tesouro Nacional. Assim como os debêntures, a finalidade é captar recursos para financiar atividades, mas neste caso públicas, como educação, segurança, saúde, etc.

Pelo fato de estarem atrelados ao Governo, os títulos públicos são considerados rendimentos de nível baixo, o que os torna indicados para conservadores. Quanto à remuneração, também acontece nos formatos pré ou pós-fixados.

 

Renda Variável

Nesta categoria, os tipos de investimento podem ser muito mais rentáveis, porém são mais suscetíveis a sofrer alterações com base em fatores internos e externos à situação política e socioeconômica do país.

Por isso, exigem mais conhecimento sobre o mercado e, em sua maioria, são indicados para investidores com perfil moderado ou agressivo (arrojado).

Mercado de Ações

A famosa Wall Street, constantemente apresentada em filmes e séries, dá uma perspectiva básica sobre o mercado de ações até mesmo para o mais leigo sobre o assunto.

Essa categoria é extremamente sensível e exige um nível de conhecimento elevado, pois uma mesma ação pode ter um valor alto no início do dia e, no final, ter seu valor despencado abaixo do esperado.

Elas são utilizadas para capitalizar as companhias. Ou seja, ao comprar uma ação você recebe uma participação societária na empresa. Em outras palavras, torna-se um dos donos do negócio.

De forma simplificada, existem duas modalidades de ações: preferenciais (PN), nas quais o titular não tem direito a votar, mas tem prioridade no recebimento dos dividendos, e as ordinárias (ON), onde o titular pode votar em assuntos corporativos nas assembleias.

As PN são as mais comumente compradas e vendidas no mercado. A venda de ações no Brasil ocorre na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), sendo intermediada por corretoras habilitadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Hoje, existem três categorias de compra de ações no mercado financeiro:

Fundos de Investimentos

É quando os fundos de investimentos estão relacionados a um grupo de investidores que opta por investir em um determinado produto ou aplicação. O objetivo do grupo é obter um retorno financeiro, no qual as despesas geradas pelo investimento e também toda sua receita será dividida, como é feito em um condomínio, por exemplo.

Clubes de Investimentos

São grupos menos formais e, em geral, compostos por amigos ou familiares. Podem ter de três a 50 participantes. Não exigem que haja um gestor com certificação da CVM, somente um responsável por gerenciar as compras e vendas das ações.

Individualmente

Nessa categoria, o responsável pela compra e vendas das próprias ações é o titular, embora ele também possa contar com o auxílio de profissionais credenciados, que geralmente fornecem acesso à plataformas de negociação para consultar custos, gerenciar a conta e comprar e vender ações pela internet.

Fundos Imobiliários

Funciona como uma espécie de grupo no qual os investidores que têm um objetivo em comum, se organizam para comprar ou montar investimentos conjuntamente. Neste caso, investir em um imóvel.

Na maioria dos fundos imobiliários, os investidores se unem em uma sociedade que é dona de um determinado empreendimento, seja um shopping, prédio comercial ou hospital, por exemplo, sendo que a finalidade costuma ser gerar renda com aluguéis.

Uma vantagem desse tipo de investimento é que essa sociedade é lastreada em móveis ou em papéis que financiam outros imóveis, como as LCI, por exemplo. Isso significa que ao comprar um fundo imobiliário, o investidor está comprando uma pequena parcela de um prédio.

Há também os fundos de fundos imobiliários, que consistem em fundos de investimento que compra a participação em outros fundos imobiliários.

Fundo de Previdência Privada

Planos de Previdência consistem em fundos de investimento que podem ser indicados tanto para conservadores quanto para agressivos, pois possibilitam o investimento Renda Fixa ou em Renda Variável, dependendo da composição do fundo.

Trata-se de um investimento de natureza de longo prazo e é utilizado para complementar os rendimentos auferidos no tradicional sistema de aposentadoria do INSS, ou ainda, para acumular recursos para projetos futuros.

O Fundo de Previdência Privada está disponível em duas modalidades: VGBL, para pessoas que fazem declaração simplificada do Imposto de Renda, e PGBL, mais indicado para quem faz declaração completa.

Apesar de ter uma liquidez diária, o resgate só pode ser resgatado de 60 em 60 dias. Porém, na modalidade PGBL é possível conseguir isenção de até 12% da renda anual tributável.

Além disso, a aplicação pode ser utilizada para planejamento familiar, já que no caso do falecimento do portador, o benefício é transferido aos seus beneficiários (previamente indicados).

Fundos Multimercado

Por fim, um dos principais tipos de investimento que você precisa conhecer são os Fundos de Multimercado. De forma resumida, eles funcionam como condomínios, nos quais diversos investidores, dividem despesas, reúnem seus recursos e delegam uma pessoa para gerir a tarefa de escolher os ativos, com base em uma estratégia pré-definida e, é claro, aplicar o dinheiro.

Diferente de como acontece em fundos de Renda Fixa, que tendem a manter ao menos 80% de suas aplicações em ativos dessa modalidade, e em fundos de ações que têm a obrigação de investir pelo menos 67% em produtos de Renda Variável, os Fundos Multimercado não têm exigências desse tipo.

Portanto, é possível investir em variadas classes de ativos — ou seja, em diversos mercados. Isso gera liberdade ao gestor para que ele possa montar estratégias e tenha flexibilidade para o fundo se adaptar às melhores condições do mercado, procurando elevar a rentabilidade e reduzir os riscos em cenários diferentes.

Esses fundos são divididos em algumas categorias, como:

Balanceados

São os fundos que seguem uma política de rebalanceamento e uma estratégia de alocação de ativos pré-determinada, igualmente definidas no regulamento. Não permitem alavancagem. Ou seja, investimentos superiores ao patrimônio do próprio fundo.

Dinâmicos

Também existem uma estratégia de diversificação de investimentos em classes distintas de ativos. Contudo, os dinâmicos não seguem uma alocação predefinida, mas sim amplas faixas em seu regulamento — por exemplo, em torno de 20% a 50% em ações.

Este artigo foi útil para você? Quer receber mais dicas e informações relevantes sobre os tipos de investimentos e as peculiaridades do mercado financeiro? Então assine a newsletter da Capital Research para se manter por dentro das maiores novidades!

 

Recomendados

Investimentos

Aprenda como calcular prestações, de forma rápida e prática

Calcular suas prestações é essencial, não importa qual seu ramo de negócios. ...

5 anos atrás

Investimentos

Bolsa de Valores: o que é, qual sua importância e 5 razões para investir

A Bolsa de Valores pode ser uma maneira de aumentar a rentabilidade dos seus ...

5 anos atrás

Investimentos

Como comprar ações online

Investir na Bolsa de Valores é uma realidade que pouco a pouco vem conquistando os ...

5 anos atrás