Follow on: o que é e como funciona na Bolsa de Valores

Quando uma empresa de capital aberto, que já fez uma oferta pública de ações, decideliberar mais papéis no mercado, temos o follow on.

Follow on

Se você já acompanha o mercado financeiro há algum tempo, certamente tem noção do que é um IPO, também conhecido por oferta pública de ações. Nos últimos anos, esse acontecimento foi mais frequente em empresas estrangeiras, como o Uber e o Snapchat. Mas não é sobre as IPOs que vamos falar neste artigo, e sim do follow on.

O que é esse nome estrangeiro e o que ele significa? Por que uma empresa lançaria mais papéis na Bolsa de Valores? Isso é o que você vai entender ao longo dos próximos parágrafos.

Deseja entender mais detalhes sobre o que é follow on e como ele funciona? Curioso sobre quais são os motivos para ele existir? Mais importante ainda, será que há muito risco de investir em ações de uma empresa que está relançando papéis na Bolsa de Valores? Fique conosco por mais alguns minutos e descubra!

Follow on: o que é e como funciona?

O follow on nada mais é do que um “segundo round” da liberação de papéis de uma empresa na Bolsa de Valores. Ou seja, a corporação que toma essa ação já fez o IPO e já é comercializada na B3.

Diferentemente do IPO – que você vai saber um pouco mais à frente -, aqui nem sempre um follow on é liberado ao público. Ou seja, não é todo investidor que pode comprar ativos direto da empresa.

Apenas investidores qualificados ou acionistas da empresa podem comprar ações em um follow on. Além disso, a oferta pode ser feita para apenas 75 acionistas, dos quais apenas 50 poderão efetivar a compra.

 

Para que serve?

Assim como acontece no IPO, o objetivo de um follow on é levantar novos recursos. As empresas que fazem a operação também aumentam sua liquidez no mercado, já que passam a ter mais papéis sendo negociados.

Ainda não entendeu bem o que é um IPO e está se sentindo confuso? Então entenda abaixo como funciona um IPO!

O que é um IPO?

Sigla para Initial Public Offering – oferta pública inicial, em inglês -, o IPO é a mudança de status de uma empresa de “limitada” para “sociedade anônima”, conhecida pela famosa sigla S.A.

Ou seja, ela deixa de ser integralmente dos seus fundadores, e qualquer investidor pode ter uma cota dessa companhia. Essa oferta é realizada após um extenso processo de verificação de documentos e da saúde financeira dessa companhia.

O acionista que compra ações em um IPO está simplesmente comprando uma cota direto da empresa, em vez de  outro investidor. A principal vantagem de comprar ações diretamente da empresa que faz um IPO é o preço, que pode subir caso os ativos se valorizem em um futuro próximo.

A partir daqui uma empresa não pode fazer um novo IPO. Quando ela decide por vender mais papéis na Bolsa, ela faz o que chamamos de follow on.

Dois tipos de oferta subsequente de ações

O follow on pode ser de um dos dois tipos que vamos mostrar abaixo, que se diferenciam pela maneira como são ofertados no mercado.

Confira abaixo!

 

Oferta primária (CVM400)

Um follow on de oferta pública é identificado pelo código CVM400. Nessa modalidade, os papéis da oferta subsequente podem ser adquiridos por qualquer investidor que opere no mercado de ações. É importante mencionar que essa pode ser uma oportunidade de conseguir ações mais baratas na Bolsa.

O valor arrecadado com a venda dos papéis vai direto para o caixa da empresa, cumprindo com seu objetivo de levantar recursos para expansões ou novos projetos.

 

Oferta secundária (CVM476)

Já a oferta privada funciona de modo diferente. Nela, o follow on é feito pelos próprios acionistas da empresa, sejam eles majoritários ou não.

Esse tipo de oferta não afeta o capital social da empresa e não é usado para financiar projetos. O resultado das vendas vai para as contas dos acionistas que optaram por vender seus papéis.

A oferta secundária de follow on também é mais restrita. As ações podem ser ofertadas apenas para investidores profissionais e qualificados. Também há uma limitação: a oferta pode ser feita a até 75 desses investidores e apenas 50 deles podem adquirir os papéis no follow on de oferta secundária.

Como saber quando uma empresa está fazendo follow on?

A venda dessas ações não tem nenhum identificador de follow on. Por isso, é necessário se manter atento aos comunicados da CVM.

O órgão regulador da Bolsa de Valores é o responsável por comunicar as ofertas de follow on que podem estar sendo ofertadas aos investidores. Elas são feitas por meio de um comunicado de fato relevante.

Além disso, também é interessante acompanhar o site oficial das empresas. Normalmente, elas emitem seus próprios comunicados aos investidores e membros da imprensa informando sobre o follow on.

Vale a pena investir em uma corporação que está fazendo follow on?

À medida que vai ganhando experiência no mercado financeiro, você vai descobrir que a maioria das perguntas são respondidas com apenas uma palavra: depende.

Assim como os diversos tipos de investimentos disponíveis, cada follow on tem suas vantagens e desvantagens. Porém, vale mencionar que nesses tipos de oferta é comum que as ações sejam ofertadas por um preço reduzido.

Por isso, é importante estudar o histórico da empresa, as últimas notícias relacionadas à ela e se ela apresenta boa saúde financeira. Nesses casos, pode sim ser interessante adicioná-las à sua carteira de investimentos.

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