Toyotismo: as contribuições do Sistema Toyota de Produção

O Toyotismo, ou Sistema Toyota de Produção, impacta até hoje o modo de operação em indústrias. Saiba tudo sobre ele.

O Toyotismo é um sistema produtivo desenvolvido há algumas décadas, no Japão, com foco na qualidade e na redução de desperdícios nas empresas.

Estabelecido no contexto pós da Segunda Guerra Mundial, suas diretrizes contribuíram de modo decisivo para a recuperação japonesa, a tal ponto que o sistema ultrapassou as fronteiras do país e se tornou referência para a economia mundial.

Companhias que seguem os preceitos do Toyotismo adotam um modelo de negócio seguro e sustentável.

Não por acaso, são observadas com atenção por investidores, que enxergam nelas uma forma de aumentar seu patrimônio, com menos riscos.

Neste artigo, vamos falar sobre o modelo de produção enxuta e seus impactos na globalização, o que justifica a sua adoção até hoje em diferentes companhias.

Você vai entender como o sistema da Toyota contribui com a produtividade, desempenho e lucratividade de empresas em todo o mundo.

Boa leitura!

O que é Toyotismo?

O Toyotismo é um modelo produtivo que preza pela flexibilização da fabricação, economia de recursos e pela produção por demanda.

Ele foi desenvolvido pelos engenheiros Taiichi Ohno, Shigeo Shingo e Eiji Toyoda para a Toyota, famosa fábrica japonesa de automóveis.

Devido à sua efetividade, o modelo se expandiu e é utilizado em diferentes segmentos fabris em escala global.

Por ele, a produção nas fábricas é feita de acordo com a demanda. 

Assim, a compra da matéria-prima e sua manufatura só serão ativadas após a efetiva sinalização de venda de determinado produto.

O sistema de produção da Toyota precisa, então, de uma comunicação alinhada entre os setores de uma empresa. 

Todos eles devem estar mais conectados do que nunca, já que qualquer atraso ou falha de entendimento, pode comprometer a produção.

Fabricando apenas aquilo que será vendido, as indústrias compram com mais assertividade e evitam, assim, desperdícios de diversos tipos.

Produzindo somente o que deve ser feito, elas diminuem as possibilidades de erros, além de reduzirem consideravelmente a necessidade de espaço físico para estoque.

Quando o Toyotismo surgiu?

Após a Segunda Guerra Mundial, a economia japonesa estava em colapso.

O país enfrentava sérias dificuldades econômicas, que eram agravadas pelo mercado interno pequeno, além da dificuldade para importar matéria-prima.

Foi neste contexto que os engenheiros da Toyota começaram a estruturar o modelo produtivo que, mais tarde, viria a ser chamado de Toyotismo.

Assim, entre as décadas de 1940 e 1970, o Japão viu surgir uma indústria mais enxuta, com excelência produtiva e com maior custo-benefício.

O sistema era uma revolução frente ao tradicional Fordismo. 

O modelo de Ford pregava uma indústria que produzia de forma mecânica e no limite de sua capacidade produtiva. A ideia era gerar ganho de escala e, dessa forma, reduzir custos. Porém, esse sistema criava estoques gigantescos. 

Em muitos casos, o grandioso volume precisava ser “queimado” am preços baixíssimos, a fim de evitar outros gastos com estocagem e perdas.

Cabe lembrar também que, na época, a economia global ainda estava abalada com as guerras e crises. 

Além disso, os mercados se abriam à globalização e à conexão cada vez mais forte entre os países.

Portanto, o Toyotismo surgiu como uma solução adequada para entregar o produto certo ao comprador certo, dando origem ao conceito de produção enxuta.

Características do Toyotismo

O sistema produtivo desenvolvido pelos engenheiros japoneses trouxe inovações muito importantes para toda a indústria. 

Confira algumas das características mais marcantes do Toyotismo:

 

Just In Time

Talvez o princípio mais lembrado deste modelo seja o “Just In Time”. 

De acordo com a lógica de produção sob demanda, as etapas produtivas só devem ser realizadas no momento certo – ou seja, “just in time”.

Desde a compra da matéria-prima, passando por cada um dos processos de produção, até o transporte e entrega ao cliente, tudo só deve ser feito se for realmente necessário.

Com essa estratégia, busca-se evitar desperdícios de tempo, material, de recursos humanos e outros.

 

Qualidade

Falar em Toyotismo é falar em qualidade. 

O sistema japonês é rígido na definição e controle dos níveis qualitativos. Afinal, quanto mais acertado for o processo produtivo, menores serão as perdas.

É do Sistema da Toyota que se originam, por exemplo, as famosas certificações ISO conferidos a empresas que cumprem seus requisitos. O método Kaizen – melhoria contínua – também é fruto das exigências de qualidade do Toyotismo.

 

Profissional Especialista x Generalista

Por fim, o sistema produtivo da Toyota altera drasticamente a lógica trabalhista de Ford. 

Enquanto os fordistas empregavam mão de obra especializada e robotizada, os toyotistas buscavam por profissionais de alta qualidade.

Antes, a máquina se adequava ao trabalhador. Já com o Toyotismo, é ele que precisa decifrar e operar diferentes maquinários potentes e inteligentes.

Assim, sai de cena uma fábrica com alto número de operários especialistas em microfunções e surge uma indústria enxuta, com colaboradores generalistas e altamente capacitados.

Como o Toyotismo ajuda as empresas e em seus resultados

Como vimos, o Toyotismo foi capaz de recuperar a economia de um país recém-destruído pela guerra. 

Atualmente, ele influencia e impacta diversos segmentos fabris, trazendo maior produtividade e qualidade para a produção.

Com a redução de perdas, em material, gastos e investimentos, o sistema da Toyota consegue aumentar a lucratividade das empresas. 

Assim, organizações toyotistas produzem a quantidade certa, no momento adequado e entrega para os clientes no tempo exato.

Essa é uma informação importante se você já investe ou pretende investir em ações de empresas. Afinal, a capacidade da indústria de entregar mais e utilizando menos recursos tem impacto significativo sobre os lucros. 

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