Swap Cambial: Entenda o que é

Sabe o que é Swap Cambial? Explicaremos para você como funciona a transação na prática e como ela é importante para proteger as oscilações de câmbio.

O termo swap que, em inglês significa permuta/troca, é uma modalidade que permite a troca de indexadores em uma negociação, visando menor risco entre os envolvidos. A ideia é utilizada quando empresas querem se proteger de oscilações de mercado.

Esses movimentos são muito comuns no caso do câmbio. Por isso, a variação cambial é um dos elementos que são acompanhados de perto pelo Banco Central. Variações bruscas de dólar podem influenciar na inflação do país, por exemplo. Portanto, é necessário que existam meios de controle do câmbio e de proteção aos investidores locais.

Assim, o Banco Central (BC) oferece contratos de swap cambial para que empresas e investidores possam se proteger das flutuações cambiais e de juros. O contrato visa proteger, de forma geral, os interessados na estabilidade da taxa cambial.

Porém, na prática, como funciona o swap cambial? Essa pergunta a Capital Research responderá a seguir. Para isso, acompanhe o artigo até o final que explicaremos isso e muito mais.

Para que serve o Swap?

Serve para, basicamente, promover o “hedge” no mercado de câmbio, ao oferecer um terreno estável para as negociações. É interesse do BC barrar movimentos bruscos do dólar em relação ao real, como também propiciar um ambiente de liquidez no país.

O swap cambial é uma opção de troca de um indexador em dólar, baseado em um ativo por uma taxa prefixada. A troca de taxas permite ao contratante continuar com ativos por meio de um contrato mais atrativo.

No caso do Banco Central, o contrato estabelecido pagará ao contratante a variação da moeda – o dólar – somada ao cupom cambial (taxa de juros) em troca de receber a variação da taxa de juros doméstica, a taxa Selic. É uma proteção para quem contrata para a situação do dólar aumentar repentinamente.

Como funciona uma operação de Swap na prática?

Para manter o sistema financeiro do país firme e o poder de compra da moeda como previsto, o Banco Central oferece contratos de swap cambial com as variáveis compostas pela taxa Selic (a taxa básica de juros) e a variação da taxa de câmbio entre real e dólar.

No vencimento, o BC paga o valor da variação cambial entre as moedas referente ao período estabelecido em contrato. A contrapartida é o recebimento do valor acumulado da taxa Selic no mesmo período.

Esse é um modelo de swap cambial tradicional, baseado no dólar, no real e na taxa de juros (Selic). Porém, ainda existe o modelo reverso, que afeta diretamente na variação do dólar futuro. Siga acompanhando a leitura para entender melhor cada um e como o BC atua para potencializar ou afastar compradores de dólar no mercado à vista.

Swap Cambial x Swap Cambial Reverso

 Como você já pode perceber, existem dois tipos de swap: o cambial e o cambial reverso. O cambial é entendido como o tradicional, que tem como base o entendimento que o Real pode se desvalorizar diante da moeda americana.

Caso tenha pensado que o swap cambial reverso seja o contrário, um contrato que proteja o investidor caso a moeda nacional se valorize em relação ao dólar, você acertou.

O BC utiliza esse artifício para controlar o dólar futuro e proteger as exportações nacionais se o dólar estiver se desvalorizando rapidamente.

Para ficar mais claro, o swap cambial tradicional é realizado e mantém a taxa cambial baixa, pois os investidores não precisarão buscar mais moeda americana durante um período, lembrando que o BC paga a variação do câmbio e os cupons e recebe a taxa Selic.

Quando a intenção é aumentar a taxa de câmbio se faz o contrário, o swap cambial reverso. Com ele, mais compras de dólar são feitas, aumentando a taxa de câmbio e afetando diretamente o dólar futuro, como veremos a seguir. Nessa situação, o Banco Central paga a variação da Selic e recebe dos investidores a variação da taxa de câmbio do período do contrato.

O swap cambial acaba por funcionar para o investidor como uma jogada, pois pode ocorrer de a taxa cambial variar positivamente (aumento do dólar) para o detentor do contrato que obterá vantagem com isso. A troca da rentabilidade do investimento pela taxa de juros é uma segurança mais do que uma aposta de vantagem, já que geralmente a taxa de câmbio não varia tanto nos períodos em contrato.

O mesmo acontece no caso contrário, com o swap cambial reverso, sendo que, em economias sólidas, em curto prazo, as taxas podem não variar tanto.

Como o Swap afeta o dólar futuro?

 Qualquer grande decisão do Banco Central pode afetar na cotação do dólar futuro, por isso, as instituições financeiras devem estar sempre atentas. Veja algumas situações em que o swap cambial pode gerar impactos no dólar futuro:

  • Leilões: O BC pode realizar leilões previstos para a venda de swaps, como pode fazê-los inesperadamente, do ponto de vista dos compradores;
  • Dimensão e tempo: a periodicidade em que se vende os swaps e o tamanho deles também devem ser observados para o caso do dólar futuro, pois quanto mais swaps disponíveis, maior será a movimentação de compra e venda;
  • Admissão e Rejeição: os contratos podem ser aceitos ou não pelos negociantes, o que interfere diretamente na estabilidade promovida pelo BC.

Gostou de aprender mais sobre como o swap cambial é uma importante ferramenta para o Banco Central e para as companhias? Para aprender muito mais, veja outros conteúdos da Capital Research – casa independente com um time de especialistas com anos de experiência no mercado financeiro.

 

 

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