Previdência privada aberta: conheça as regras para investir
Planos de previdência privada aberta podem ser adquiridos por qualquer pessoa. Entenda suas regras e como contratar.
24/06/2020
Investimentos
Investir na previdência privada aberta sempre foi uma aplicação interessante para quem planeja o longo prazo. Depois da Reforma da Previdência, no entanto, essa passou a ser uma questão urgente.
Isso acontece porque os benefícios pagos pelo INSS têm valores cada vez mais baixos e há grande incerteza sobre sistema previdenciário público. Além disso, os planos de aposentadoria complementar permitem um futuro financeiro muito mais seguro e tranquilo.
Assim, a previdência privada aberta vem se tornando uma opção muito atrativa para os brasileiros. Através dessa leitura, você vai conhecer detalhes sobre o investimento e como você pode se beneficiar dele.
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O que é previdência privada aberta?
A previdência privada é uma forma de poupar e investir dinheiro para a aposentadoria. Ou seja, é uma aplicação de longo prazo voltada para ser resgatada ou usufruída depois de determinado tempo.
Ela funciona como um complemento à renda futura, trazendo maior tranquilidade para as suas finanças. Os planos previdenciários complementares se dividem em duas categorias principais:
- Previdência privada fechada
- Previdência privada aberta.
Os formatos fechados são oferecidos exclusivamente a determinados grupos – como veremos em detalhes, mais a frente. Já os planos abertos podem ser contratados por qualquer pessoa.
Em tempos em que a Previdência Social se torna cada vez menos rentável e com futuro incerto, aderir à previdência privada aberta é a maneira mais segura para garantir um orçamento saudável e manter o padrão de vida quando parar de trabalhar.
Como funciona a previdência privada aberta
A gente precisa entender a previdência privada sob duas óticas:
- Poupança
- Investimento.
Como poupança, os planos previdenciários têm a função de salvaguardar parte da sua renda atual para ser utilizada no futuro. É importante entender que, na aposentadoria, a fonte de renda com o trabalho se esgota. Por isso, precisamos poupar durante a vida ativa para ter um saldo a consumir na inatividade profissional.
Mas, não basta enxergar a previdência privada como poupança. Nós devemos compreendê-la, também, como um investimento. Assim, os planos previdenciários devem ter taxas de rentabilidade atrativas. Isto é, o valor aplicado mensalmente precisa ter boas remunerações e custos reduzidos.
Dessa forma, o plano de aposentadoria complementar aberto deve gerar bons rendimentos para o contratante. Ou, no mínimo, ele precisa equilibrar a corrosão do dinheiro causada pela inflação.
Previdência privada aberta x fechada
Como vimos, a previdência privada pode ser dividida em dois grupos. Os planos fechados também são conhecidos como fundos de pensão. Eles são criados e gerenciados por instituições privadas e oferecidos a um grupo restrito.
Então, empresas podem oferecer a previdência exclusivamente a seus funcionários. É o caso, ainda, de sindicatos e associações de profissionais que podem ofertar planos aos seus associados.
Por outro lado, a aposentadoria complementar aberta é administrada sem restrições de público. Por isso, qualquer pessoa pode contratar um dos planos abertos.
A tendência é que os fundos de pensão cobrem menos taxas do que a previdência aberta. Isso acontece porque as operadoras dos planos fechados não podem obter lucro com a atividade. Em contrapartida, nem todo mundo tem acesso ao formato. Além disso, dá para encontrar instituições que operam planos abertos com boas taxas e práticas de mercado.
Planos de previdência privada aberta
Você já entendeu o conceito da previdência privada e como funcionam os planos abertos e fechados. Agora, vai conferir os principais produtos de aposentadoria complementar e como escolher entre eles:
PGBL
O Plano Gerador de Benefício Livre é um tipo de previdência privada em que o Imposto de Renda (IR) é aplicado sobre todos os depósitos e rendimentos.
Dessa forma, o PGBL é recomendado para pessoas que fazem a Declaração Anual de Ajuste do IR (DIRPF) no modo completo. Assim, será possível deduzir até 12% da renda tributável com o valor investido na previdência.
Então, depois que todas deduções forem feitas, o Imposto de Renda é devidamente calculado. Nesse caso, o contribuinte que deve fazer a DIRPF completa pode ter mais benefícios fiscais com o PGBL.
VGBL
O Vida Gerador de Benefício Livre é um formato de seguro de vida. Ele acaba sendo conhecido como plano de previdência privada, pois tem o mesmo efeito de poupança e investimento de longo prazo.
A cobrança do IR é diferente para o VGBL. Nesse formato, a tributação incide apenas sobre os rendimentos gerados pela aplicação. Ou seja, o IR é calculado somente sobre os juros acumulados.
O VGBL é, então, indicado para os contribuintes que podem fazer o modo simplificado da DIRPF. Neste modelo, os aportes com a previdência aberta não podem ser deduzidos da renda tributável.
No entanto, o desconto de 20% sobre os rendimentos acumulados durante o ano tende a compensar para o contribuinte do que realizar a DIRPF completa. Assim, é mais interessante para o contribuinte dispensado da declaração completa contratar o VGBL.
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