Operações Estruturadas: o que são e como investir

Em dúvida sobre o funcionamento de operações estruturadas? Confira nosso guia completo sobre o tema e veja como investir.

Operações estruturadas são uma opção para aumentar a rentabilidade dos investimentos com riscos controlados.

Trata-se de uma estratégia que combina diferentes ativos e permite ao investidor projetar quanto poderá ser o lucro ou o prejuízo antes mesmo de efetuar a operação.

Se você tem expertise em derivativos, ações e outros tipos de ativos financeiros, poderá montar suas próprias operações estruturadas. A outra opção é comprar “estruturas” prontas, oferecidas por bancos, já com os ativos devidamente combinados.

Ficou interessado em saber mais? Então não deixe de ler até o final.

O que são operações estruturadas

Operações Estruturadas são investimentos que combinam dois ou mais ativos financeiros com o objetivo de aumentar os ganhos e reduzir as perdas.

Dependendo da operação, é possível conhecer o pior cenário de prejuízo e a melhor hipótese de ganho com antecedência.

As operações podem ser combinadas envolvendo, por exemplo, derivativos como venda coberta, trava de alta, trava de baixa, borboleta, etc.

O que é Certificado de Operações Estruturadas?

O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um tipo de operação estruturada oferecido por bancos que mescla renda fixa e variável em um mesmo “pacote”. É uma versão brasileira das Notas Estruturadas, comuns nos Estados Unidos e na Europa.

Apesar de ser um produto recente no mercado brasileiro, vem ganhando espaço nos portfólios ao simplificar uma operação por vezes complexa.

Ao comprar um Certificado de Operações Estruturadas que protege o capital investido, por exemplo, é possível obter os ganhos da renda variável sem o risco de perder o dinheiro investido. Na pior das hipóteses, você recebe seu dinheiro de volta no vencimento do título.

Isso é possível porque a instituição que emite o COE aplica boa parte dos recursos em ativos de renda fixa e uma pequena parcela em renda variável.

Assim, se a parte variável oscilar para baixo, a fatia de renda fixa compensa as perdas. Se todos os ativos se valorizarem, o COE alcança seu objetivo.

Características do Certificado de Operações Estruturadas

Mesmo sendo composto por dois ou mais ativos, o Certificado de Operações Estruturadas segue o desempenho de um índice de referência, como juros, moedas, ouro, índices de inflação e índices de ações.

Os indexadores servem para balizar os cenários de rentabilidade.

Modalidades de COE

Existem duas modalidades de Certificado de Operações Estruturadas oferecidas no mercado brasileiro:

  • Valor Nominal Protegido: garante a proteção do seu capital, mesmo que os ativos referenciados sofram com desempenho negativo
  • Valor Nominal em Risco: não há garantias e o investidor pode perder todo o capital investido.

Caso você opte por um COE que garanta a proteção do seu capital, é importante observar um detalhe.

Ao mesmo tempo em que impede prejuízos, a operação também limita os ganhos a um determinado teto.

Vamos usar como exemplo um COE baseado no Ibovespa com dados hipotéticos:

  • Se o IBOV cair, você tem garantido seu dinheiro de volta
  • Se o índice subir 20%, você terá um retorno de 20%
  • Mas se o índice se valorizar 30%, seu retorno será travado em 20%.

É importante ler com atenção o DIE (Documento de Informações Essenciais) antes de investir.

O documento dispõe de informações úteis, como valor mínimo, data de vencimento e cenários de lucro ou prejuízos.

Tributação, custos e taxas

O Imposto de Renda cobrado sobre os Certificados de Operações Estruturadas segue tabela regressiva, a mesma aplicada a outros investimentos de renda fixa.

Aplicações com seis meses ou menos estão sujeitas a 22,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos. A alíquota reduz de acordo com o prazo de aplicação, até chegar a 15% para investimentos com dois anos ou mais.

Em relação às taxas, dependendo da corretora pode haver cobrança de corretagem ou taxa de custódia. Muitas instituições, no entanto, têm zerado os custos, então é sempre bom pesquisar.  

Riscos

Mesmo para quem escolhe um COE que garanta a proteção do capital, há riscos em investir nesse tipo de operação estruturada.

Um deles é o risco de crédito do banco emissor. COE não tem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege ativos de renda fixa emitidos por bancos.

Portanto, se o banco quebrar, não há garantias de ressarcimento. Outro risco é o de liquidez. Os certificados têm data de vencimento e é preciso carregar o investimento até lá para não correr o risco de ter prejuízos.

Caso haja contratempos e você precise do dinheiro antes do prazo, pode vender seu papel no mercado secundário. Nesse caso, venderá a preço de mercado e com possibilidade de perdas.

Para quem é o Certificado de Operações Estruturadas

Se você tem perfil mais moderado, quer se expor a algum indexador de renda variável, sem risco de perder dinheiro, o Certificado de Operações Estruturadas com Valor Nominal Protegido é uma boa opção.

Caso tenha perfil mais arrojado, pode escolher o COE com Valor Nominal em Risco. Como nesse caso o risco é maior, a possibilidade de retorno também deverá ser.

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