Saiba o que é liquidez e como isso impacta em seus investimentos

Entenda como funciona cada tipo de liquidez, qual a sua importância e muito mais!

O que é liquidez

Apesar de ser um dos termos mais utilizados no mundo financeiro, muitas pessoas têm dúvidas sobre o que é liquidez. Pois bem, liquidez é a capacidade de conversão de um bem em dinheiro, ou seja, a velocidade com a qual é possível conseguir desfazer-se de algo para receber dinheiro em mãos. 

A liquidez é essencial para analisar o desempenho de um empreendimento, seja ele interno ou externo. Neste artigo, explicamos em detalhes como funciona cada tipo de liquidez, qual a sua importância e muitos outros tópicos sobre o assunto. Confira!

Quais são os tipos de liquidez?

Dentro do cenário financeiro, há diferentes tipos de liquidez, como: 

  • Liquidez diária: investimentos que permitem o resgate do dinheiro em qualquer dia em que os bancos estejam funcionando.
  • Liquidez imediata: medida usada para indicar a capacidade imediata que uma empresa possui de arcar com as suas dívidas de curto prazo, não levando em consideração sequer as contas a receber ou as vendas futuras do atual estoque como fonte.
  • Liquidez no vencimento: indica a velocidade e a facilidade que uma aplicação pode ser transformada em dinheiro de forma imediata, sem perder seu valor.
  • D+30: é o dia útil em que um pedido de aplicação ou resgate foi solicitado, contando a partir desta data, os dias úteis ou corridos.
  • Liquidez nula: quando não existe prazo definido para que o dinheiro entre na conta, como por exemplo, a venda de um imóvel, que pode demorar meses ou até anos.

Como funciona a liquidez nos principais investimentos? 

Agora que você já sabe o que é liquidez, é necessário entender como ela funciona. Primeiro de tudo, é fundamental planejar detalhadamente onde investir os recursos para sempre ter dinheiro suficiente disponível. Tendo consciência disso, saiba que o seu investimento pode ter uma alta ou baixa liquidez. O que seria isso?

Investimentos de alta liquidez são aqueles em que as orientações de resgate possibilitam o saque a qualquer instante sem nenhuma penalidade relevante. Por outro lado, um investimento com baixa liquidez caracteriza-se quando o investidor não pode ou vai ter muita dificuldade de tirar o dinheiro antes dos prazos, ou seja, tendo que aguardar o vencimento acordado para fazer a retirada. 

Desta forma, quanto maior for o prazo, menor será a liquidez do investimento, que por sua vez, tende a ter rendimentos maiores. Desta forma, é primordial compreender de que forma a liquidez do produto age para decidir se encaixa-se ou não no seu planejamento.

Além da liquidez, existem outros diversos indicadores, investimentos e siglas essenciais no mundo financeiro, como: 

  • Renda fixa: aplicação na qual os investidores sabem ou conseguem prever qual será a rentabilidade. Além de proporcionar mais segurança, a renda fixa tem uma excelente rentabilidade
  • Títulos públicos: são papéis emitidos pelo Tesouro Nacional que representam uma forma de financiar a dívida pública. Permitem que os investidores realizam um empréstimo para o governo, recebendo em troca uma determinada rentabilidade.
  • CRA: são os Certificados de Recebíveis do Agronegócio, lastreados em recebíveis originados de negócios entre produtores rurais ou suas respectivas cooperativas e terceiros. Abrange financiamentos  ou empréstimos relacionados à produção, comercialização, industrialização de produtos e demais atividades do ramo.
  • CRI: é o Certificado de Recebíveis Imobiliários. Trata-se de um crédito nominativo que garante ao portador créditos imobiliários. Ao final do contrato, estes créditos podem ser convertidos em dinheiro.
  • LCI: são as Letra de Crédito Imobiliário, um título bancário garantido por empréstimos concedidos ao setor imobiliário. 
  • LCA:  são as Letras de Créditos Agrícolas, um título bancário garantido por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. 
  • LC: são as Letras de Câmbio, que servem como instrumentos de captação das financeiras. Pelo dinheiro aplicado, a emissora paga juros ao investidor que podem variar de acordo com o tempo e quantia aplicada.
  • LF: são as Letras Financeiras, investimento de renda fixa que visa recursos a partir de 24 meses. O valor mínimo de aplicação é de R$ 150 mil, incidência da menor alíquota do Imposto de Renda (15%) e alta rentabilidade, normalmente pós-fixada.
  • Debêntures: também são investimentos de renda fixa em que são realizados empréstimos para uma empresa. Em troca, o investidor recebe juros sobre o valor que foi aplicado.
  • CDB: é o Certificado de Depósito Bancário, um título de renda fixa do tipo crédito privado, oferecidos por bancos. Na prática, você empresta dinheiro ao banco, que te remunera com juros. A remuneração é definida no ato da contratação e pode variar de acordo com o valor total aplicado, o prazo do CDB, e a saúde financeira do banco emissor.
  • RDB: Os Recibos de Depósito Bancário são mais um tipo de investimento de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos e desempenhar atividades. É uma forma de emprestar dinheiro à instituição financeira em troca de uma remuneração.
  • Renda variável: aplicação em que o investidor não define o quanto seu dinheiro vai render em determinado período. Por conta disso, geralmente são aplicações mais arriscadas e que podem gerar um rendimento muito maior e em um espaço de tempo mais curto.
  • Ações: são valores mobiliários que representam uma parcela do capital de uma sociedade; títulos que garantem aos seus proprietários ou investidores suas partes nessa sociedade. 
  • Fundos multimercado: é uma categoria de fundo de investimento que possui uma política de investimentos voltada para a mesclagem de aplicações de vários mercados, como renda fixa, ações, câmbio, entre outros.
  • Fundos imobiliários: administrado por um gestor, é fundo com um grupo de pessoas que tem como objetivo investir em ativos imobiliários. 
  • Planos de previdência privada: regulamentados pela Susep, os planos de previdência privada mais populares são os PGBL e VGBL. Para ter essa renda complementar é necessário que o investidor contribua por um determinado período de tempo para que consiga receber o benefício da renda mensal ao final do período determinado pelo regras do Plano de Previdência Privada escolhido.

Qual é a diferença entre liquidez e rentabilidade?

Existe uma diferença significativa entre liquidez e rentabilidade. Enquanto a liquidez está relacionada à capacidade do ativo de transformar-se em dinheiro, o rendimento refere-se ao percentual de remuneração que o investidor receberá ao aplicar nele.

Alguns investimentos oferecem melhor rentabilidade, outros liquidez. Desta forma, o investidor precisa planejar o que deseja priorizar: se quer mais rentabilidade ou liquidez.

Se essa diferença não ficou tão clara, leia nosso artigo mais detalhado sobre!

Qual a importância de saber a liquidez do seu investimento? 

Como já explicado, liquidez é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro. Esta característica é o que faz da liquidez algo fundamental a ser considerado no momento da tomada de decisão dos investimentos. Por conta disso, é essencial que o investidor mantenha-se sempre atento à liquidez dos produtos de seu interesse antes de decidir realizar ou não um aporte.

Para deixar tudo mais claro, vamos dar um exemplo. Imagine que você possui um valor investido em títulos do Tesouro Direto e os vencimentos ocorrerão em três anos. Se durante este período acontecer um imprevisto e você precisar transformar seu investimento em dinheiro rapidamente, correrá riscos de perder parte do valor investido ou até mesmo não conseguir vendê-los no tempo necessário. Ou seja, a liquidez não seria grande. 

Por isso é essencial saber a liquidez de cada produto, que pode variar entre alta, média e baixa. Caso contrário, você ter muitos prejuízos. 

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