Métodos de valuation: como calcular o valor de uma empresa
Métodos de valuation permitem avaliar empresas e estimar o seu valor real. Veja como funcionam, características e aplicações
06/01/2020
Investimentos
Quais métodos de valuation você conhece? Se não sabe a resposta, pode ter neste artigo um bom ponto de partida para seu aprendizado. Até porque, como você dever saber, empreender ou expandir um negócio significa se expor a riscos. E, na estratégia para mitigá-los, os gestores precisam comprovar sua viabilidade por meio do valuation.
Essa palavra em inglês, cujo significado nesse caso é avaliação, serve para designar os meios empregados para calcular o quanto uma empresa merece crédito. Em outras palavras, quando se utiliza métodos de valuation, o que se busca é medir o custo de oportunidade e se vale a pena ou não investir na companhia.
Assim sendo, uma avaliação precisa deve partir do presente, usando dados passados como referência para projetar o futuro. Portanto, quanto mais informação for utilizada, mais certeiro será o valuation e, dessa forma, mas valor a empresa terá. Embora existam diversas formas de chegar a esse índice, em geral são mais utilizados dois métodos de valuation, cada um orientado por perspectivas distintas. Vamos conhecê-los neste artigo, feito para ajudar você a avaliar melhor o seu negócio e, assim, atrair mais investimentos.
Métodos de valuation: os 2 principais
O objetivo da Capital Research é levar a você informação sobre finanças e investimentos de forma simples. Por isso, vamos nos concentrar neste artigo nos dois métodos de valuation mais usados no mercado.
Contudo, é importante saber que existem diferentes formas de se avaliar um negócio, seja para atração de sócios e investidores quanto para uso interno. O mais comum deles, como veremos a seguir, é aquele que considera o valor da empresa a partir da projeção do seu fluxo de caixa.
Já o segundo dos método de valuation pode ser considerado mais qualitativo do que quantitativo, já que a avaliação é feita por meio de comparação. Sem mais delongas, vamos ver como eles funcionam e como são calculados.
Calculando o Fluxo de Caixa Descontado
A futurologia é a ciência que se dedica a prever o que virá em tempos futuros, seja por previsões exatas ou por meio de inferências e levantamento de probabilidades. Logo, quando um investimento é feito, deve-se sempre considerar o retorno pelo ponto de vista futuro. É disso que trata o mais utilizado dos métodos de valuation, ao menos por gestores: o Fluxo de Caixa Descontado. Em síntese, ele trata de projetar o fluxo de caixa da empresa para o período a ser avaliado, com o cuidado adicional de subtrair a chamada taxa de desconto.
Afinal, uma coisa é certa: o dinheiro tende a se desvalorizar com o tempo e o que vale X hoje valerá X-1 amanhã. Essa é a lógica por trás desse método. Vamos ver, então, como seu cálculo é feito?
Como calcular o valuation pelo FCD
O Fluxo de Caixa Descontado consiste em traçar estimativas para o movimento financeiro da empresa para um período que seja atrativo para potenciais investidores. Vamos imaginar, nesse caso, que estamos fazendo o valuation para os próximos 5 anos.
Partindo do fluxo de caixa atual, são feitas projeções para esse período, no qual, logicamente, o valor de cada lançamento sofrerá alterações. A fórmula pode assustar, mas o cálculo é relativamente simples:
- DCF = [FC1 / (1+r)1] + [FC2 / (1+r)2] + [FC3 / (1+r)3 + [FC4 / (1+r)4 + [FC5 / (1+r)5]
Nela, o fluxo de caixa de cada ano é representado por FC e “r” é a taxa de desconto. O cálculo da taxa de desconto, por sua vez, é feito por meio da fórmula para saber o WACC, ferramenta que já explicamos como utilizar. Acesse o artigo depois de terminar a leitura para saber como fazer.
Múltiplos de Mercado
Outro dos métodos de valuation é conhecido como Múltiplos de Mercado e funciona na mesma linha do benchmarking. Ou seja, a partir dos resultados de empresas do mesmo ramo e comparando indicadores de performance, é possível conhecer o seu valor de mercado.
Entre esses índices, estão o faturamento bruto, lucratividade, rentabilidade ou o EBIT. Se o indicador escolhido for o faturamento, deve-se comparar o da sua empresa com a de outra para o período avaliado.
O mesmo vale para os demais indicadores, desde que se tome o cuidado de medir sempre períodos equivalentes. Seja como for, cabe uma ressalva ao método de Múltiplos de Mercado. Embora seja útil por mostrar um recorte mais detalhado, ele não leva em consideração a fase atual das empresas tomadas como exemplo. Por isso, o ideal é utilizá-lo junto ao FCD para que o resultado do valuation seja realmente confiável.
Como calcular o valuation pelo MM
O Múltiplo de Mercado pode ser fácil de calcular. Imagine, no caso do faturamento, que a sua empresa registra o total de R$ 1,5 milhão por ano. Uma outra empresa, referência do seu segmento, tem valor de mercado na bolsa de R$ 500 milhões e faturamento anual de R$ 35 milhões.
Isso nos leva ao múltiplo de valor de mercado, que é uma espécie de máximo que uma empresa pode valer, de aproximadamente 14. Então, basta multiplicar 14 x 1,5 = R$ 21 milhões.
Quando usar o valuation
Depois de conhecer métodos de valution, resta saber quando aplicá-los. O valuation pode ser usado como um índice seguro para orientar investidores e atrair novos sócios.
Por meio dele, você diz ao mercado “vejam, minha empresa vale isso e pode gerar mais isso de retorno”. Também serve como um parâmetro de avaliação interna, fornecendo um indicador caso haja objetivos de expandir. Ao saber o quanto vale hoje, pode usar esse número como ponto de partida para definir novas metas.
Ficou claro para você como funcionam os métodos de valuation e de que forma fazer esse cálculo? Aqui no blog da Capital Research é assim: informação sobre finanças, investimentos e empreendedorismo sem complicação.
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