Investimento a longo prazo: o que você precisa saber para começar?

Investimento a longo prazo é uma ótima opção para quem quer planejar um futuro com tranquilidade. Mas qual a melhor alternativa nesse modelo para o seu perfil?

O entendimento de que é importante contar com uma reserva financeira para viver com tranquilidade no futuro é um bom ponto de partida para se pensar em investimentos. Porém, ainda existem muitas dúvidas sobre qual modelo é o mais adequado e, muitas vezes, o investimento a longo prazo aparece como um objetivo difícil de ser atingido.

É certo que um investidor consciente deve iniciar seu planejamento pensando em modelos que também possam render no curto prazo. No entanto, é válido ressaltar que os investimentos a longo prazo são os que apresentam melhores oportunidades de lucro e rendimento.

No longo prazo há os juros compostos – juros sobre juros –, os quais consistem no segredo para que o investimento cresça de maneira excepcional. Além disso, aprender a investir a longo prazo alimenta a cultura de poupar, que é essencial para atingirmos maturidade financeira.

O que é investimento a longo prazo?

Por definição, o investimento a longo prazo tem como período mínimo 7 anos de aplicação. Esse tipo de investimento é indicado para quem busca estabilidade financeira ou conservação do patrimônio, por exemplo. Entre os modelos disponíveis nesse formato, podemos citar:

  • Fundos de investimento;
  • Tesouro Direto;
  • Debêntures;
  • Compra e venda direta de ações (indicado para os mais experientes).

O que é preciso ter em mente antes de investir a longo prazo?

O investimento a longo prazo demanda planejamento e metas concretas. Entender quais são seus objetivos financeiros é essencial para montar uma carteira que se adeque às suas necessidades.

Para traçar um objetivo de investimento, coloque as prioridades da sua vida em ordem de relevância, pois mais importante do que alimentar os sonhos, é saber como transformá-los em planos e, a partir de então, definir os passos para que eles se tornem realidade – isso é definido de acordo com as nossas prioridades.

Entre as metas possíveis para um investimento a longo prazo, está:

  1. Garantir a aposentadoria;
  2. Fazer a viagem dos sonhos;
  3. Pagar a faculdade dos filhos, entre

Nesse modelo, assim como no curto prazo, o tempo para o resgate da aplicação pode ser um critério para a escolha do melhor tipo de investimento.

Outro ponto importante a ser considerado são é os riscos que o investidor se propõe a correr, pois os riscos dos investimentos a longo prazo são proporcionais ao potencial de rentabilidade, e variam de acordo com a natureza do ativo.

Nesse momento da escolha, analisar as possibilidades com olhar estratégico ajuda a definir as melhores opções de aplicação.

Escolhendo o melhor tipo de investimento.

Após ter a meta definida, chega o momento de decidir entre as diversas opções. Porém, antes de qualquer coisa, é preciso ter em mente que, para investir a longo prazo, é ideal ter uma reserva de emergência que seja equivalente a seis meses do seu custo de vida. Isso garante estabilidade caso algo fuja do controle.

Por isso, começar a investir desde cedo traz diversas vantagens: além de garantir um planejamento financeiro mais estruturado, também permite criar uma carteira mais ampla, com aplicações em fundos com durações variáveis (curto, médio e longo prazo).

Quais são os melhores tipos de investimento a longo prazo?

Para escolher o melhor modelo de investimento a longo prazo, é preciso entender as diferenças entre a natureza do investimento:

  • Fundos de investimento: os fundos de investimento são uma maneira mais segura de entrar no mercado financeiro, pois administração dos ativos fica a cargo de um gestor experiente no mercado.

 Na prática, um fundo é formado por uma carteira de ativos financeiros que soma cotas de diversos investidores e constitui um patrimônio. Esse montante consolidado é controlado pelo gestor, que seleciona as melhores aplicações do mercado de acordo com a natureza do fundo.

Nesse modelo, o investidor paga uma mensalidade para a administração e todas as movimentações seguem regras pré-estabelecidas pela CVM (Comissão de Valores Imobiliários) e pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os lucros do fundo são repartidos entre os cotistas na proporção de sua participação.

  • Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional, desenvolvido em parceria com a Bovespa, para comercializar títulos públicos a pessoas físicas.

 É um investimento de renda fixa, com baixíssimo risco de crédito, que funciona como se fosse um “empréstimo” ao Governo com juros rentáveis. O Governo Federal vende esses títulos para se financiar e, em troca, paga juros aos investidores.

É um modelo bastante indicado para quem está começando a investir, pois permite aplicações a partir de R$ 800,00. Além disso, existem títulos pré-fixados, em que o investidor já sabe o percentual de rendimento, e pós-fixados (que variam de acordo com um determinado indexador, como IPCA e Selic).

No site da Fazenda é possível consultar os títulos disponíveis: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/.

  • Debêntures: as debêntures também funcionam no modelo de “empréstimo”, mas estão atreladas a empresas. São títulos de dívidas, nos quais você empresta o seu dinheiro a uma companhia e, em troca, recebe um rendimento anual acertado no momento da compra, por exemplo: taxa + IPCA – a taxa de rentabilidade deve se manter até a data do vencimento do título.
  • Ações: o investimento direto em ações funciona por meio de compra e venda de ativos na Bolsa de Valores. Esse modelo é recomendado apenas a investidores experientes, pois a análise de quais ativos são ou não lucrativos demanda conhecimento profundo sobre o mercado.

As ações podem ser indicadas como investimento a longo prazo, pois a rentabilidade está sujeita a oscilações do mercado e, em um período maior, eventuais perdas podem ser recuperadas com a redefinição de estratégias.

Um ponto a ficar atento na compra de ações é que, com esse movimento, você se torna sócio da empresa e fica à mercê de flutuações econômicas no setor em que ela se encontra. Por isso, a escolha dos ativos deve ser feita com base no histórico da companhia, para que se obtenha lucros desejáveis.

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