Investimento a curto prazo: o que você precisa saber para começar?

O investimento a curto prazo fornece rendimento lucrativo e sem risco ao negócio

O mercado financeiro oferece diversas opções de aplicações com rendimentos lucrativos. E, dentre inúmeras modalidades de investimentos, destinadas a perfis específicos, é preciso compreender as particularidades de cada opção para escolher de forma estratégica onde e como investir.

Antes de qualquer tomada de decisão, é importante ter em mente que a eficácia do investimento é garantida e mensurada a partir três fatores: quanto você tem para investir, por quanto tempo sua reserva pode ficar aplicada (prazo) e qual o objetivo esperado. 

No momento da escolha, ter alinhado um elenco de bons produtos e prazos que atendam suas expectativas é fator determinante para que o retorno de investimento seja proveitoso. 

O que são investimentos a curto prazo?

Os investimentos a curto prazo são aqueles que geram retorno dentro de um período de tempo menor. Não há uma definição precisa, mas o curto prazo pode ser explicado como um investimento com duração de até dois anos ou cujo rendimento pode resgatado após 12 meses, por exemplo.

Trata-se de uma modalidade reconhecida por simplicidade, agilidade e segurança,      pois está atrelada a variações de taxas de juros e de taxas pós-fixadas que apresentam baixo risco de crédito.

Nesse modelo estão incluídas aplicações que funcionam como reservas de emergência e investimentos destinados à compra de imóveis, bens e viagens, que necessitam de maior liquidez possível e apresentem bom rendimento.

Vantagens e desvantagens em relação a outros tipos de investimento. 

Em todo o tipo de investimento, avaliar os riscos e garantias é o melhor caminho para tomar uma decisão assertiva. Por conta da caraterística do curto prazo para o rendimento das aplicações, é importante que o investidor opte por opções mais conservadoras.

Destacamos abaixo os principais pontos a serem levados em consideração no momento da escolha da aplicação mais adequada:

     Vantagens

Desvantagens

●             As aplicações rendem a partir do primeiro dia

●        Investidor já sabe o que esperar do investimento

●        Maior proteção de capital (indicado como reserva de emergência)

●        Rentabilidade não será tão boa quanto a de ativos de médio e longo prazo

●        Algumas aplicações, mesmo com maior liquidez, podem não ser tão boas no curto prazo.

Investir a curto prazo é a melhor opção para mim?

Como já apontamos anteriormente, a eficácia da aplicação depende de alguns fatores, como a liquidez e o perfil do investidor. Além das metas e objetivos estipulados para o investimento, é preciso levar em conta a disposição do investidor em relação aos riscos.

No caso dos investimentos a curto prazo, os riscos são basicamente nulos, portanto esse tipo de aplicação pode compor a carteira de diferentes perfis de investidores. É um modelo indicado tanto para o poupador mais cauteloso e/ou que precise de um determinado rendimento em pouco tempo, como também para aqueles que se arriscam mais e que, portanto, precisam de uma reserva de emergência.

Se você ainda não tem um grande conhecimento sobre o mercado, ou conta com um capital não muito vasto, o investimento a curto prazo pode ser uma excelente opção a ser considerada, pois fornece uma maior proteção de capital.

Essas aplicações são indicadas para quando sabemos que precisaremos do rendimento do dinheiro investido em um momento próximo. Também são ótimas reservas de crédito para o caso de surpresas indesejáveis ou caso suas necessidades mudem, pois o capital não fica imobilizado.

Quais os melhores investimentos a curto prazo? 

Nos investimentos a curto prazo, o perfil conservador das aplicações garante riscos menores aos negócios, e a alta liquidez permite disponibilidade do dinheiro no momento em que ele for necessário. Abaixo, seguem alguns dos modelos mais indicados levando em consideração diferentes metas:

LCI: a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) é um tipo de investimento que se converte em créditos para o financiamento de imóveis. São oferecidos por instituições financeiras e apresentam investimento isento do imposto de renda.

Os títulos LCI têm liquidez que flutua entre 3 e 24 meses e são bastante seguros, pois possíveis perdas nesse modelo são de responsabilidade do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Um ponto para ficar atento em relação ao LCI é que, por mais que seja uma alternativa de investimento interessante a curto prazo, o rendimento é mais proveitoso a longo prazo.

CDBs: os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) também são uma opção segura no curto prazo, que apresentam maior rendimento quando comparados a outros títulos, como a poupança. No caso de investimentos de até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira nesse modelo, eventuais perdas também estão asseguradas pelo FGC.

Nesse tipo de aplicação, o rendimento é melhor quando se opta por títulos que tenham garantido lucro total sob o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – um ponto de atenção é que grandes bancos pagam esse total somente com três ou mais anos de aplicação. Neste caso, é melhor comprar títulos de instituições financeiras de menor porte, que oferecem a mesma proteção do FGC. Também é recomendado que se escolham CDBs com liquidez diária ou pouca carência.

Outro ponto de atenção nesse modelo é que ele requer pagamento do imposto de renda, cujo valor está atrelado ao tempo de resgate e à liquidez:

  • até 180 dias: taxa de 22,5%,
  • entre 181 e 360 dias: taxa de 20%.
  • entre 361 e 720 dias: taxa de 17,5%
  • acima de 720 dias: taxa de 15%.

Fundos de Renda Fixa Referenciados DI: essas são aplicações cujo rendimento está atrelado ao CDI e à taxa Selic (se enquadram na modalidade de títulos pós-fixados). São indicadas como bons investimentos a curto prazo por apresentarem baixo risco e boa liquidez.

No entanto, como não são fundos com uma garantia de rentabilidade, é preciso ter mais atenção a esse tipo de investimento. O ideal é que a taxa de operação não seja maior do que 0,5% ao ano e que tenha remuneração maior do que 100% do CDI, de outro modo, esse não será um título lucrativo.

A maior vantagem desse investimento é que a sua liquidez é muito rápida, assim, o resgate pode ser feito a qualquer momento.

Tesouro Selic ou Letra Financeira do Tesouro (LFT): essa é uma modalidade de títulos públicos do Tesouro Direto, é outro título que tem remuneração ligada à taxa Selic. Essa aplicação funciona como um “empréstimo” ao governo para quitar suas despesas e o seu rendimento pode ser diário.

Ainda que seja cobrado o imposto de renda e mais uma taxa de 0,3% ao ano, esse modelo é considerado uma ótima opção para investimentos a curto prazo, especialmente se comparado à poupança, pois garante boa rentabilidade e segurança da renda fixa.

Além disso, nesse modelo também é possível revender os títulos públicos a qualquer momento, por meio do sistema de recompra diária do Tesouro Direto, o que garante alta liquidez e possibilita que o valor investido seja resgatado mais rapidamente.

Fundos de renda fixa atrelados ao CDI: essa é outra opção entre os títulos pós-fixados que muda conforme a taxa Selic e o CDI. São indicados para quem deseja investir a curto prazo, desde que o investidor se mantenha atento à liquidez para o resgate – é possível encontrar fundos com carência de 15, 20 ou 30 dias, por exemplo.

Assim como fundos DI, nesse modelo é importante é que a taxa de administração não seja maior que 1% ao ano e que o fundo recupere ao investidor acima de 100% do CDI.

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