Finanças comportamentais: 5 segredos para investir melhor

As finanças comportamentais revelam erros comuns dos investidores iniciantes. Descubra como se prevenir e ganhar dinheiro.

Você sabe o que são finanças comportamentais e como elas ajudam a tomar decisões mais assertivas em investimentos?

Se você é iniciante no assunto, vai aprender muito com as dicas deste artigo.

De forma resumida, as finanças comportamentais são uma área de estudo que analisa o impacto da psicologia e das emoções nas decisões financeiras das pessoas.

Entender sobre essas dinâmicas, portanto, é uma forma de ser um pouco mais racional ao investir e aumentar as chances de sucesso.

Ficou curioso? 

Então, siga com a leitura.

Conceito de finanças comportamentais

A área de finanças comportamentais estuda a influência da psicologia no comportamento e tomada de decisão das pessoas em relação a finanças.

Portanto, trata-se de um campo que analisa influências cognitivas, sociais e emocionais.

Você já se perguntou o porquê de as pessoas contraírem dívidas, se basta gastar menos do que se ganha?

Nem sempre é fácil aplicar essa regra básica, concorda?

É que, ao se tratar de finanças, as pessoas não são totalmente racionais. 

Fatores emocionais também impactam o comportamento  — e nem sempre os indivíduos tomam as melhores decisões.

“As finanças comportamentais preocupam-se em estudar a forma como as decisões dos agentes se afastam do previsto pelas finanças tradicionais e as consequências da existência de agentes que tomam as suas decisões de forma não totalmente racional”, explica Júlio Lobão, no livro Finanças comportamentais (Leya, 2018).

Trata-se de uma área relativamente nova em comparação às finanças tradicionais.

Os estudos em finanças comportamentais tiveram início na década de 1970 a partir de dois psicólogos israelenses, Daniel Kahneman e Amos Tversky.

Kahneman, aliás, foi o primeiro psicólogo a ganhar o Prêmio Nobel de Economia, em 2002.

Finanças comportamentais na bolsa de valores

As finanças comportamentais têm influência nas decisões tomadas por investidores na bolsa de valores

Vender uma ação, comprar um ativo, escolher os investimentos da carteira. 

Sim, todas essas atividades são impactadas pelas emoções e pela psicologia.

Mas a falta de racionalidade nessa hora pode levar a decisões equivocadas em relação aos investimentos. 

Em uma entrevista para a revista Exame, Claudia Yoshinaga, coordenadora do Núcleo de Finanças Comportamentais (NFC) da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que uma emoção pode influenciar na decisão de comprar ou vender uma ação na bolsa, por exemplo.

Segundo ela, isso acontece porque se trata de uma forma de o cérebro tomar decisões de maneira mais eficiente, considerando que ele toma decisões inúmeras vezes por dia, como escolher a roupa ou virar à direita ou esquerda.

“Se analisarmos cada uma delas, não saímos do lugar. Mas, nos investimentos, é preciso estar atento a isso”, explica a coordenadora. 

Outra reflexão importante das finanças comportamentais diz respeito à tolerância ao risco  — algo que impacta diretamente o tipo de investimento realizado na bolsa de valores.

O que esse campo de estudo aponta é que as pessoas não têm aversão ao risco, e sim  aversão à perda.

Por isso, investidores arriscam diariamente na bolsa de valores.

“Uma pessoa que vai ao cassino e perde muito dinheiro, pela lógica de não arriscar, pararia de jogar. Mas as pesquisas viram que, no geral, quando estão perdendo, as pessoas estão dispostas a correr mais riscos, para zerar a perda”, diz Yoshinaga.

5 segredos das finanças comportamentais

Agora que você está familiarizado com as finanças comportamentais, que tal aprender a usá-las a seu favor? 

Confira, abaixo, cinco dicas.

 

1. Evite as âncoras de comportamento

Um viés importante das finanças comportamentais é o comportamento de ancoragem.

Ele consiste em utilizar um preço de referência como base para a tomada de decisão, mesmo que ela seja irracional.

Vamos supor que um investidor comprou uma ação a R$ 100, mas, com o tempo, ela se desvalorizou e passou a valer apenas R$ 50.

Se não há perspectivas de melhora e os fundamentos do papel pioraram, o correto seria vender a ação e desistir do investimento. 

Mas, como o investidor tem o valor de R$ 100 como âncora, acaba ficando com o ativo  — e perdendo cada vez mais dinheiro.

Portanto, a dica é evitar esse tipo de comportamento ancorado em expectativas irracionais.

 

2. Analise o cenário completo

Outro viés das finanças comportamentais é o da confirmação.

Ele quer dizer que o investidor tem a tendência de dar peso às informações e dados de mercado que reforcem sua opinião pessoal.

Mas isso pode levar o investidor a desconsiderar aspectos importantes acerca de um investimento simplesmente pelo fato de eles serem opostos à sua própria concepção.

Portanto, analise o cenário por completo. 

Caso contrário, poderá perder dinheiro por ignorar informações importantes.

 

3. Tenha cuidado com a confiança excessiva

Ter confiança na hora de investir é fundamental, mas é preciso ter cuidado ao investir em ativos que apresentam riscos elevados.

Como a bolsa de valores é um ambiente que muda muito, o investidor deve estar sempre atento às flutuações de preços, embasando suas decisões em dados, e não em sua confiança em relação a um ativo.

A dica, nesse caso, é diversificar a carteira para minimizar riscos.

 

4. Evite o comportamento de manada

Uma das conclusões das finanças comportamentais é que as pessoas têm tendência a agir conforme o consenso.

Só que, dessa forma, você fica suscetível a cometer os mesmos erros que outros investidores justamente devido à falta de crítica e racionalidade ao tomar decisões.

Então, antes de fazer um investimento, analise dados e questione a decisão da maioria.

 

5. Tenha cuidado com as redes sociais

Esta última recomendação vale para a vida financeira no geral.

Em uma entrevista para o jornal Valor Econômico, Dan Ariely, professor de psicologia e economia comportamental da Universidade, alerta para o desejo de consumo despertado pelas redes sociais.

“O problema é que você só olha para o que a outra pessoa gasta. Você não sabe o quanto a pessoa gasta com seguro ou coloca na poupança”, afirma.

Para o professor, isso é prejudicial porque leva à comparação social, o medo de se sentir de fora e o desejo, que são os maiores desafios emocionais da vida financeira.

Com essas dicas em mente, que tal repensar o modo como você conduz suas finanças e investimentos?

Conte com a Capital Research para evitar os principais erros das finanças comportamentais, blindar seu patrimônio e multiplicar seu capital.

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