Value at Risk: calcule os riscos do seu investimento
Value at Risk é um método de análise sobre os riscos de um investimento, que permite conhecer possíveis perdas. Saiba como calcular
06/01/2020
Investimentos

O Value at Risk é um ótimo indicador para que investidores possam calcular seus ganhos, como também estimar os riscos de uma aplicação.
Também conhecido como VaR, o dado é capaz de indicar ao mercado o valor máximo de perda que as operações financeiras podem alcançar em determinado tempo e de acordo com certo grau de confiança.
Inicialmente utilizado por instituições financeiras, atualmente, o Value at Risk está na ponta do lápis de diversas organizações e investidores. Então, não deixe de acompanhar este artigo até o final para aprender tudo sobre ele.
O que é Value at Risk (VaR)?
Value at Risk é o número que indica o risco potencial de aplicações financeiras em dado período de tempo.
Além disso, o VaR fornece uma margem de confiança que, geralmente, fica entre 95% e 99%. O dado informa ao mercado o quão arriscado tal investimento pode ser, de maneira clara, em termos de possíveis perdas.
Assim, em vez de analisar percentuais, o Value at Risk calcula o valor total que pode ser perdido em determinado tempo em moeda corrente. O cálculo estatístico é feito de duas formas: VaR Paramétrico e VaR Não-Paramétrico.
O primeiro considera uma distribuição estatística da curva, com rentabilidade estimada. O segundo, no entanto, não faz hipóteses sobre distribuição.
A JPMorgan, instituição líder mundial em serviços financeiros, foi um dos primeiros bancos a utilizar o VaR. Uma das suas publicações dizia que havia o Value at Risk de US$ 15 milhões para 1 dia, com grau de confiança de 95%.
Ou seja, foi informado que, no período de um dia, poderia haver perda de US$ 15 milhões nas operações financeiras. O VaR ainda indicava que havia 5% de chance de o risco ser ainda maior do que o valor apresentado.
Para que serve o Value at Risk?
Inicialmente, o VaR foi criado e adotado por instituições financeiras. Hoje, porém, o Value at Risk é usado por diversas companhias.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desobriga empresas não-financeiras ao cálculo do risco. Porém, caso elas queiram ter acesso a capitais externos e precisem se adequar à legislação contábil americana, deverão calcular o VaR.
Assim, o número a que o mercado está exposto ao risco, em dada extensão de tempo, é utilizado por instituições financeiras e não-financeiras para mensurar as possíveis perdas de capital.
Elementos que compõem o VaR
Como vimos, o Value at Risk consegue chegar a uma estimativa de perda máxima potencial de uma carteira. Esse dado é encontrado para um determinado horizonte de tempo e um determinado grau de confiança.
Assim, o VaR é descoberto através da análise de três elementos:
- Estimativa de perda máxima (valor monetário);
- Horizonte de tempo (intervalo de tempo);
- Grau de confiança (probabilidade de perda).
Vamos conferir o que cada um deles significa?
Estimativa de perda máxima
O cálculo do potencial de perda utiliza técnicas de probabilidade e estatística para encontrar os valores.
Para que o resultado seja o mais próximo possível da realidade, é fundamental que os dados sejam precisos e atualizados. O VaR consegue mensurar, em números absolutos, o quanto pode ser perdido em aplicações financeiras.
Horizonte de tempo
O Value at Risk avalia, essencialmente, o mercado de ativos voláteis. Portanto, o período de tempo no qual o risco será avaliado fica entre 1 dia e 1 mês. O grau de confiança, que veremos a seguir, está relacionado ao horizonte de tempo. Assim, o valor percentual é relativo ao período analisado.
Grau de confiança
Tratando-se de uma estimativa, não há como encontrar um VaR com 100% de confiança. Dessa forma, o cálculo do Value at Risk faz a projeção de perdas com números altos de confiança – entre 95% e 99% –, porém, com certa margem de erro.
Como definir o Value at Risk de um investimento?
Há duas formas de avaliar o VaR. O Não Paramétrico utiliza o histórico dos próprios retornos.
Já o VaR Paramétrico pode ser encontrado através da seguinte fórmula:
- VaR = | R – zδ | V.
Em que:
- R = retorno esperado;
- Z = valor correspondente para um nível de significância;
- δ = desvio padrão de rentabilidade;
- V = valor do investimento.
Considere que um ativo de R$ 100 milhões tem rentabilidade avaliada em 5% ao mês.
O desvio padrão histórico do investimento é de 12% a.m.; além disso, o nível de significância é de 1,645%.
Com um cálculo que tem 95% de confiança, temos o seguinte VaR:
- VaR = [5% – 1,645 x (12%)] x (100.000.000) = – R$ 14.740.
Assim, o Value at Risk da operação é de R$ 14.740. Ou seja, no período de 1 mês, a aplicação pode ter uma perda de R$ 14.740 em 95% dos dias operados. Em outros 5% do tempo, o prejuízo pode ser ainda maior. O mercado, dessa forma, fica ciente dos riscos potenciais da operação.
Conseguiu compreender o conceito de Value at Risk?
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