Tipos de investimentos em Renda Fixa: quais são as melhores opções?

Aplicações com regras fixadas oferecem segurança e bom rendimento para investidores.

Tipos de investimentos em Renda Fixa

Por muito tempo, criar uma Caderneta de Poupança e depositar as economias foi visto como uma das únicas formas de se poupar dinheiro no Brasil. Um dos investimentos em Renda Fixa mais populares do mercado, a Poupança, perdeu muito poder de rendimento nos últimos anos. Isso se deve a uma consequência da redução da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.
Com isso, outros tipos de investimento em Renda Fixa tornaram-se muito mais atraentes para o investidor brasileiro. Mas o que é a Renda Fixa?

Investimentos em Renda Fixa    

São investimentos cujas regras de rentabilidade já são conhecidas no momento da aplicação. Com isso, o investidor tem mais segurança e meios para calcular e “prever” o quanto ganhará a longo prazo. É o oposto dos investimentos em Renda Variável (como Ações na Bolsa de Valores), cujas rentabilidades oscilam positiva e negativamente, além de dependerem de uma série de outros fatores.

O rendimento das aplicações em Renda Fixa pode ser:

🡪 Prefixada: a taxa de juros incidente é determinada no momento da aquisição e não é afetada pelas oscilações do mercado;
🡪 Pós-fixada: o rendimento vai acompanhar algum índice do mercado financeiro, geralmente o CDI, o IPCA ou a própria Selic;
🡪 Híbrida: uma mescla entre prefixada e pós-fixada.

Em qualquer caso, a renda é estável e mais previsível do que aplicações de Renda Variável. Portanto, os diferentes tipos de investimento em Renda Fixa são mais indicados para investidores de perfil Conservador, que buscam lucros sem deixar de prezar pela segurança.

5 vantagens do investimento em Renda Fixa

Na prática, investimentos em Renda Fixa funcionam como um empréstimo. O investidor (o credor) escolhe uma aplicação que pode ser oferecida pelo Governo Federal ou por uma instituição privada (os devedores), paga a quantia correspondente e recebe em troca um Título. O devedor então, compromete-se a devolver o dinheiro com juros para o detentor do Título após um período de tempo – juros estes que, como mencionamos, podem ter o rendimento prefixado ou pós-fixado.

Confira 5 vantagens desse tipo de investimento:

1.Rentabilidade estável e previsível;

2.Segurança – boa parte desses investimentos é segurada em até R$ 250 mil pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC): assim, se o devedor quebrar, o credor não perde dinheiro;

3.Acessível – com aportes iniciais que podem custar R$ 30, são aplicações abertas a qualquer investidor;

4.Liquidez – muitos investimentos de Renda Fixa permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento;  

5.Facilidade – o investidor pode aplicar em Renda Fixa por meio de uma plataforma eletrônica, sem sair de casa.

Confira agora alguns cuidados a tomar antes na hora de escolher um investimento em Renda Fixa:

🡪 Taxas: as cobranças incidentes variam de investimento para investimento e de instituição para instituição. Fique atento às possíveis taxações do Imposto de Renda, do IOF, da Taxa de Custódia, Taxa de Saída, etc.

🡪 Carência: alguns tipos de investimento de Renda Fixa não permitem que o investidor resgate o dinheiro antes de uma data pré-determinada sem precisar arcar com multas substanciais.

🡪 Falência: caso a instituição que emitiu o Título quebre ou vá à falência (e o FGC não arcar com o prejuízo), o investidor pode perder seu dinheiro.

Quais os tipos de investimentos em renda fixa

 

Conheça os principais tipos de investimento em Renda Fixa disponíveis no mercado financeiro nacional. Como seus respectivos rendimentos são fixados, sempre a tributação é feita no momento do resgate ou na data do vencimento do Título:

Tesouro Direto:

São Títulos Públicos emitidos pela Receita Federal e disponibilizados aos investidores por instituições financeiras autorizadas (confira aqui quais são). Funcionam como empréstimos de dinheiro ao Governo Federal, garantidor do pagamento desses Títulos – é, portanto, um dos investimentos em Renda Fixa mais seguros.

São acessíveis (vendidos a partir de R$ 30,00), de alta liquidez e boa rentabilidade a longo prazo. Podem ter rendimento prefixado em uma taxa de juros, pós-fixado com base na Selic ou de rendimento híbrido, com parte prefixada e parte acompanhando o IPCA (índice da Inflação). Sofre tributação do IR no momento do resgate ou no vencimento do Título.

Certificado de Depósito Bancário (CBD):

São Títulos emitidos por bancos que estão em busca de recursos para financiar suas próprias operações de empréstimo. Podem ter o rendimento tanto prefixado quanto pós-fixado – no segundo caso, costumam render ao investidor um percentual do índice Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os bancos médios costumam oferecer os CBDs mais atraentes para o investidor. É tributado pelo IR no momento do resgate ou no vencimento do Título.

Letra de Crédito Imobiliário (LCI):

São Títulos emitidos também por bancos, porém  destinados a financiar negócios no setor imobiliário. Por serem atrelados a imóveis físicos reais, a chance do investidor perder dinheiro é muito pequena. Podem ter rendimentos prefixados ou pós-fixados e são isentos de taxação no Imposto de renda.

Letra de Crédito do Agronegócio (LCA):

Funcionam da mesma forma que os LCIs, com rendimento pré ou pós-fixado, porém são destinados a financiar negócios agropecuários. Também são emitidos por instituições financeiras autorizadas e também são isentos d     o Imposto de Renda.

Debêntures:

São Títulos emitidos por empresas que desejam obter recursos para financiar seus projetos e operações ou quitar dívidas. Com rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida, são disponibilizados aos investidores por meio de bancos e corretoras.

As Debêntures podem ser:

  • Simples (não podem ser convertidas em Ações e taxada pelo IR);      
  • Conversíveis (podem ser convertidas em Ações da própria empresa e também taxada pelo IR);
  • Incentivadas (quando são emitidas por empresas com projetos de infraestrutura e, por esse motivo, são isentas de taxação no IR no momento do resgate ou do vencimento).

Letra de Câmbio:

Emitidas por financeiras, que podem ser definidas como instituições menores do que os bancos, funcionam quase da mesma forma que os CBDs. A diferença é que são sempre garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que dá mais segurança ao investidor. O rendimento da LC pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido e há taxação do IR.

Certificados de Recebíveis Imobiliários ou Agrícolas (CRI e CRA):

Títulos que funcionam de forma semelhante aos LCIs e LCAs, com a diferença de que são emitidos diretamente pelas empresas sem envolvimento dos bancos – e sem a proteção do FGC. Apesar do maior risco e da baixa liquidez, costumam oferecem uma remuneração atraente, acima do CDI. Também são isentos de taxação no IR.

Outros tipos de investimento em Renda Fixa:

Fundos de Renda Fixa e Caderneta de Poupança.

Como escolher o melhor tipo de investimento em Renda Fixa

Assim como ocorre na escolha de qualquer aplicação, os diferentes tipos de investimento em Renda Fixa são adequados para diferentes tipos e perfis de investidor. Ainda que sejam geralmente associadas a investidores de perfil Conservador, cada aplicação possui suas próprias regras de rendimento, aporte inicial, taxação, data de vencimento, etc. Consultar especialistas com experiência de atuação no mercado financeiro pode ser a chave para encontrar o caminho ideal.

Uma dica é aplicar somente em instituições que tenham boa reputação enquanto pagadores. Os Títulos protegidos pelo FGC são outra boa alternativa, ainda que o limite de garantia por investidor seja de R$ 250 mil. Outros quesitos a serem observados com cuidado são o risco de mercado (quando a taxa de juros sobe e os papéis que estão presos a taxas menores perdem valor) e uma possível baixa liquidez do Ativo – o que dificultará o resgate do dinheiro.

Não obstante os alertas, as vantagens da Renda Fixa também são grandes. As principais são a segurança, a estabilidade e rendimento previsível dos Títulos. Para não perder dinheiro, é preciso estar atento à taxa de juros (no caso dos prefixados), aos valores atuais de cada índice (no caso dos pós-fixados), à incidência do IR e às taxas (como a Taxa de Custódia) que cada instituição cobra.

Para os que insistem na Caderneta de Poupança, o que corresponde a grande parte dos investidores brasileiros, um alerta: já faz uma década que os Títulos do Tesouro Direto, os CBDs, as LCIs e as LCAs estão rendendo mais que a tradicional caderneta.

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