Tesouro Direto: títulos, rentabilidade e tributação

Você conhece o Tesouro Direto, seus títulos, rentabilidade e tributação? Tire todas as dúvidas agora e comece a investir.

Os títulos do Tesouro Direto estão entre as aplicações mais seguras e versáteis, principalmente para investidores iniciantes. Ao investir em títulos públicos, você tem opções prefixadas e pós-fixadas, com e sem juros semestrais, com diferentes prazos de vencimento e liquidez garantida. 

Além disso, pode escolher a rentabilidade mais atraente de acordo com seus objetivos e prazo de aplicação. Para acertar na compra do título do Tesouro Direto, confira nosso guia rápido com as opções detalhadas, seus rendimentos e tributação. Siga a leitura e tire todas as dúvidas sobre os títulos do governo federal. 

O que são títulos do Tesouro Direto

Títulos do Tesouro Direto são aplicações financeiras de renda fixa emitidas pelo governo para captar recursos. Quando você, investidor, compra um desses títulos, está emprestando dinheiro ao governo federal para financiar a dívida pública, recebendo em troca uma remuneração em juros. 

Antigamente, só era possível investir em títulos públicos por meio de fundos de investimento, mas desde 2002 as pessoas físicas de todo o país podem comprar ativos online pelo Tesouro Direto, com rapidez e praticidade. Hoje, é possível fazer uma aplicação com apenas R$ 30,00, escolhendo entre os vários títulos disponíveis. 

Por serem títulos de renda fixa, são considerados investimentos conservadores com baixíssimo risco e alta liquidez. Para quem busca segurança, poucas opções são tão confiáveis quanto ser credor do próprio governo federal. 

Entre as opções, há títulos prefixados e pós-fixados, atrelados a indicadores como Selic e IPCA, com e sem juros semestrais, entre outras variações que atendem a diferentes objetivos. Todos os títulos têm alta liquidez, ou seja, o governo garante a recompra pelo valor de mercado a qualquer momento — mas nem sempre é vantajoso vender antes do vencimento, como veremos adiante.

Em relação à tributação, os títulos do Tesouro Direto seguem a tabela regressiva do IR para investimentos não previdenciários, com alíquotas que vão de 22,5% a 15% conforme o tempo de aplicação. Além disso, é cobrada uma taxa de custódia da B3 (0,25%), IOF para resgates antes de 30 dias de aplicação e, às vezes, uma taxa de administração (para quem investe por meio de corretoras e bancos). 

Tesouro Direto: títulos disponíveis

Existem basicamente três tipos de títulos do Tesouro Direto: prefixados, pós-fixados e híbridos. Confira o que significa cada um:

Prefixado

Os títulos prefixados do Tesouro Direto são aqueles que têm sua rentabilidade conhecida no momento da compra, indicados para quem quer investir em longo prazo. O Tesouro Prefixado 2026, por exemplo, tem sua rentabilidade anual fixada em 7,09% — lembrando que esse índice só será cumprido se o título for mantido até o vencimento

O risco dos prefixados é a oscilação da taxa de juros, que impacta o valor de mercado do título e pode gerar prejuízos no caso da venda antes do prazo de vencimento. 

Pós-fixado

O título pós-fixado mais popular é o Tesouro Selic, que tem sua rentabilidade baseada na Taxa Selic — ou seja, os rendimentos finais dependem da oscilação da taxa de juros básica da economia. No título Tesouro Direto Selic 2025, por exemplo, o rendimento é igual à Selic + 0,03% com vencimento em março de 2025.

A grande vantagem do Tesouro Selic é que não há risco na venda antecipada do título, pois a indexação à Selic garante sua rentabilidade estável e o governo garante a recompra a qualquer momento (alta liquidez). Por isso, é o título público mais indicado para formar uma reserva de emergência e fazer aplicações em curto prazo.

Híbrido

Na categoria dos híbridos estão os títulos do Tesouro Direto atrelados à variação da inflação e mais uma taxa de juros prefixada. É o caso do Tesouro IPCA+2026, que possui rentabilidade igual ao IPCA + 3,43%.

Ou seja: o título é ao mesmo tempo pós-fixado e prefixado, combinando as duas taxas para formar a rentabilidade final. É uma boa opção para quem quer garantir um investimento de renda fixa que supere a inflação, mantendo o poder de compra do dinheiro.

Títulos do Tesouro Direto com marcação a mercado

Com exceção do Tesouro Selic, os outros títulos do Tesouro Direto estão sujeitos à marcação a mercado, pois seu valor oscila conforme a variação dos juros e movimentos de compra e venda dos investidores. Por isso, é preciso ter muito cuidado na hora de vender os títulos antes do prazo de vencimento. 

Apesar da recompra pelo governo ser garantida, você pode ter prejuízo se resgatar o título antecipadamente, pois o valor de mercado pode estar abaixo do valor que você pagou no momento da venda. Por exemplo, quando os juros sobem, o preço dos títulos do Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado cai, e vendê-los nesse momento significa perder dinheiro

Entendeu como funcionam os títulos do Tesouro Direto e sua rentabilidade? Para ir além da renda fixa e alcançar novos patamares de retorno, continue acompanhando os conteúdos da Capital Research e assine a newsletter com as melhores recomendações do mercado financeiro.

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