Fundo DI ou Tesouro Direto: o que saber para escolher o melhor

Investidor pode optar por investir em Títulos Públicos de forma direta ou indireta

Ainda que as possibilidades sejam extensas no mercado de capitais, é extremamente recomendável combinar as aplicações selecionadas com seu perfil de investidor. Isso vem depois de muito estudo e análise, tanto das alternativas a escolher quanto do seu próprio momento pessoal e econômico. Para os que identificam-se com um perfil mais Conservador ou que simplesmente queiram diversificar a carteira com segurança, existem algumas opções de investimento que são consideradas de baixíssimo risco – significa que há pouquíssima chance do investimento resultar em prejuízo ou em calote. As Letras Financeiras do Tesouro, por serem vinculadas à taxa que define os juros da própria economia brasileiras (a Selic), oferecem essa espécie de “proteção”.

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Idealizada como uma maneira de as pessoas emprestarem dinheiro para o Governo Federal, a aplicação no Tesouro representa um investimento em Renda Fixa do tipo pós-fixada. Não chega a ser de Renda Variável (como é o rendimento das Ações na Bolsa de Valores) pois o rendimento é fixado de acordo com a taxa Selic (estimado em 4,50% para 2020); mas é pós-fixada pois vai acompanhar qualquer possível variação dessa mesma taxa. No mercado financeiro brasileiro, é considerada uma das opções de investimento mais seguras: o próprio Governo Federal dá garantias de pagamento aos seus credores.

Como é possível aplicar no Tesouro de forma direta (comprando os papéis que representam os Títulos diretamente do Governo) ou indireta (por meio da participação em um Fundo), fica a pergunta: Fundo DI ou Tesouro Direto?

Tudo sobre Fundo DI

Fundo DI é o nome simplificado dos Fundos de Renda Fixa Diferenciados. São fundos de investimento de Renda Fixa do tipo pós-fixada que precisam aplicar a maior parte de seus recursos em Títulos Públicos: é uma forma indireta de se investir no Tesouro Nacional. O investidor que entra no Fundo paga uma certa quantia em troca de uma ou mais cotas (parcelas de participação no Fundo); com o dinheiro dos cotistas, os administradores do Fundo (uma instituição financeira especializada que é escolhida pelo próprio investidor) negociam ativos em busca da melhor rentabilidade possível. A alta liquidez é um dos destaques: é possível fazer o resgate do dinheiro em qualquer dia.

Como esses Títulos estão atrelados à Taxa Selic, que é a referência para calcular juros no Brasil, o rendimento do Fundo DI também acompanha as variações da taxa. Caso a gestão do Fundo seja bem realizada, no entanto, a aquisição de Títulos com prazos e rentabilidades diferentes pode potencializar bons resultados. O aporte inicial para participar de um varia de acordo com o Fundo: o que pode acabar fazendo a diferença são as taxas de administração cobradas por cada empresa gestora – acima de 0,5% já é visto como um valor alto. Se a taxa de administração não for exigida, muito melhor. O Imposto de Renda é cobrado no momento do resgate de acordo com uma tabela regressiva (entre 22,5% e 15%, dependendo da duração do investimento) e os Fundos DI são abatidos duas vezes ao ano pelo imposto come-cotas. 


Como investir em Fundo DI

A pessoa precisa possuir uma conta aberta em uma corretora de valores ou em uma instituição financeira autorizadas a operarem na Bolsa de Valores. Dentro da plataforma de acesso à Bolsa que foi fornecida pela instituição escolhida, basta procurar por “Fundo DI”. Antes de escolher um, compares todos os custos e os históricos de rentabilidade de cada Fundo. Compare especialmente as taxas de administração que são exigidas por cada gestor: elas podem fazer toda a diferença no resultado final. 

Tudo sobre Tesouro Direto

A opção de aplicar de forma direta no Tesouro está aberta para qualquer tipo de investidor: basta possuir conta em um banco ou em uma corretora de valores autorizados a comercializar Títulos Públicos. O aporte necessário também varia, mas há opções a partir de R$ 30 – mais barato do que costumam ser os valores iniciais exigidos pelos Fundos DI. A negociação dos Títulos é realizada por meio de uma plataforma digital específica do próprio Tesouro Nacional. O Tesouro Direto oferece boa liquidez aos investidores, mas a venda dos Títulos só pode ser realizada uma vez por semana – às quartas-feiras.

Algumas das taxas que costumam ser cobradas pelas instituições financeiras sobre os papéis de Tesouro de seus clientes, são: taxa de custódia, taxa de negociação e taxa de administração (que nem sempre é exigida). Vale à pena prestar atenção redobrada à taxa de custódia do Tesouro Direto que cada empresa gestora exige – ela costuma ser decisiva entre se perder ou se ganhar dinheiro. Assim como o Fundo DI, o Tesouro Direto tem cobrança de Imposto de Renda no momento do resgate e obedece à mesma tabela regressiva. O imposto come-cotas, porém, não é abatido. 

Como investir em Tesouro Direto

Basta ter uma conta em alguma instituição financeira ou corretora de valores autorizadas a negociar Títulos Públicos do Tesouro Nacional. Uma vez que isso tenha sido feito, é preciso acessar a plataforma digital que o próprio Governo Federal oferece e selecionar os Títulos que deseja adquirir. Ao comprá-los, o investidor se torna um credor do governo brasileiro – que lhe devolverá o dinheiro futuramente com os juros que são definidos pela Taxa Selic.

Dicas para decidir e investir em Fundo DI ou Tesouro Direto

Ainda que as ambos ofereçam níveis parecidos de segurança e rentabilidade, os Fundos DI e o Tesouro Direto representam aplicações conservadoras. São boas opções para se criar uma reserva de segurança, diversificar os investimentos ou até mesmo para evitar que o dinheiro fique rendendo menos em uma Caderneta de Poupança. Optar por Fundos DI ou Tesouro Direto vai depender mais dos objetivos e do perfil de investidor de cada um – e também da análise comparativa das taxas que são cobradas por cada instituição financeira.
Por que investir em Fundo DI:


– Gestão profissional por uma instituição especializada, que escolhe os Títulos
– Baixo risco
– Possibilidade de ganhos acima da Taxa Selic
– Alta liquidez (diária)
– Está ao alcance do pequeno investidor 

Por que investir em Tesouro Direto:

– Risco nulo (garantido pelo Governo Federal)
– Aporte inicial baixo
– Boa liquidez
– Está ao alcance do pequeno investidor
– Possibilidade de escolher os próprios Títulos

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