O que é e como funciona operação compromissada?

Operação compromissada é um investimento em renda fixa que permite diversificar suas aplicações

Se você está fazendo cursos sobre investimentos, ou é um iniciante no mercado, sabe bem que diversificar aplicações é indicado para manter o seu dinheiro em segurança – e a operação compromissada é uma das opções que vão facilitar o alcance a esse objetivo. Por isso, é importante conhecer esse tipo de aplicação e entender como ela funciona.

A seguir, mostraremos os principais tipos de operação compromissada, o que é negociado nessas e algumas de suas vantagens. Acompanhe.

Operação compromissada: o que é?

Esse tipo de operação acontece quando instituições financeiras, como o Banco Central, vendem títulos de renda fixa. Ao fazer isso, elas fecham um acordo com a outra parte: esses títulos serão recomprados em um preço e prazo definidos previamente.

Nesse acordo, não é autorizado vender os seus títulos para outro investidor ou instituição.

Ou seja, é possível pensar na operação compromissada como uma espécie de aluguel, ou seja, você compra um título, o mantém por um determinado tempo e o devolve ao seu dono ao fim do prazo.

A diferença é que, na volta, o valor de recompra será maior que quando você comprou esses títulos. Esse valor adicional funciona como uma remuneração por ter guardado essas aplicações em carteira.

A remuneração varia de acordo com a operação. Em alguns casos, a taxa é prefixada e todos os lados sabem qual será o valor de recompra e o lucro. Já na pós-fixada, o retorno vai seguir algum índice econômico, como o CDI ou o IPCA.

Outra particularidade desse tipo de investimento é que, para a negociação ser possível, um dos lados deve ser obrigatoriamente uma instituição financeira. Não é possível negociar uma operação compromissada com outro investidor.

5 tipos de operação compromissada

Existem 5 tipos de operação compromissada disponíveis no mercado:

  • Específica: o banco vende um título para o investidor, com a promessa de recompra e pagamento de uma taxa prefixada para remuneração;
  • Dirigida: funciona da mesma maneira que a anterior, mas a remuneração paga é pós-fixada, usando um percentual da taxa Selic como referência;
  • Genérica: a instituição vende o título ao investidor, mas ele apenas sabe qual irá receber após a compra. Por outro lado, a taxa de recebimento é prefixada;
  • Migração Selic/Bolsa: a primeira opção é liquidada por meio do Selic, e a segunda opção na Bovespa;
  • Migração Bolsa/Selic: o inverso do que foi mostrado acima. A ida é intermediada pela Bolsa, enquanto a segunda pela taxa Selic.

O que pode ser negociado nessas operações?

Diversos títulos de renda fixa podem ser negociados na operação compromissada. Os mais comuns são os próprios títulos públicos, já que o Banco Central é a instituição financeira que mais faz operações compromissadas.

Além dos títulos públicos, os CDBs, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e as Letras Hipotecárias também podem ser ativos objeto de uma operação compromissada.

Fora dos investimentos da área imobiliárias, debêntures também estão na lista de ativos que podem fazer parte desse tipo de investimento.

Quais as vantagens de uma operação compromissada

Por que investir em operação compromissada? Confira algumas das vantagens desse tipo de negociação.

 

1. Permite diversificar suas aplicações

Diversificação foi o primeiro argumento que apresentamos – e não foi à toa.

Ao diversificar seus investimentos, você não corre o risco de sofrer grandes prejuízos em cenários nos quais a Bolsa de Valores despenca, como nos casos recentes envolvendo o coronavírus.

 

2. Possibilita se proteger tanto em cenários de alta quanto de baixa

A operação compromissada é uma alternativa para proteger seus investimentos, já que poderá obter rentabilidade tanto na alta de juros quanto na baixa. O mesmo se aplica às variações da inflação, que costumam afetar investimentos, como o próprio Tesouro IPCA.

 

3. Investimento de baixo risco

Como a maioria dos investimentos em renda fixa que envolvem títulos públicos, a operação compromissada é de baixo risco.

Mesmo que não tenha tanta rentabilidade quanto um ativo de renda variável, você tem a segurança de que terá retorno na negociação.

 

4. Isenção de IOF

A não ser que tente resgatar o investimento em menos de 30 dias, a operação compromissada é isenta da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ou seja, você consegue melhor rentabilidade ao não precisar pagar esse imposto.

É seguro investir?

Como vimos, é seguro, sim, investir na operação compromissada. Porém, esse ativo não está sob a tutela do Fundo Garantidor de Crédito, o FGC, ou seja, você não estará resguardado caso a instituição não seja capaz de cumprir seus compromissos.

Por outro lado, ela permanece como um investimento de baixo risco – já que estamos falando de uma instituição financeira séria e autorizada pela CVM para operar esse tipo de investimento.

Vale lembrar que o próprio Banco Central do Brasil costuma levantar recursos usando a operação compromissada. Outro ponto importante é que, por mais que a operação compromissada, por si, não seja garantida pelo FGC, os títulos contidos nela são, o que te protege indiretamente.

Como investir em operação compromissada

Para qualquer investimento, é necessário duas coisas importantes: a primeira é escolher a corretora que vai armazenar suas informações financeiras e executar suas operações. É importante que a corretora seja autorizada a operar pelo CVM e não cobre taxas de corretagem abusivas.

A segunda coisa a saber é o seu perfil de investidor. Ativos, como a operação compromissada, são indicados para investidores conservadores ou moderados, por conta do seu baixo risco.

Quer saber mais? Então, entre em contato conosco para que possamos te ajudar a encontrar o seu perfil de investidor!

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