Saiba o que é aplicação de Renda Fixa: vale a pena investir?
Entenda como investir com regras fixadas alia segurança, liquidez e bons retornos a longo prazo.
16/03/2020
Investimentos
O mundo financeiro é feito de diferentes oportunidades para variados tipos de pessoas. Investir em Ativos de Renda Variável na Bolsa de Valores, por exemplo, costuma ser uma estratégia comum entre investidores experientes e de perfis, entre Moderado e Arrojado. Nesses casos, a possibilidade de maiores prêmios é acompanhada de incertezas quanto ao rendimento. Já para investidores iniciantes e de perfil mais Conservador, os investimentos em Renda Fixa são uma boa indicação. Mas o que é aplicação de Renda Fixa?
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O que é aplicação de Renda Fixa?
Aplicação de Renda Fixa é todo investimento em que as regras de remuneração são conhecidas e acordadas no momento da aplicação. Essa regra pode prever uma renda prefixada, pós-fixada ou híbrida. Assim, no momento em que adquire esse tipo de Ativo, o investidor já sabe:
- 1. qual é o percentual de juros que incidirá sobre o investimento (no caso dos prefixados);
- 2. qual índice será utilizado como base para definir seu rendimento (no caso dos pós-fixados).
Em ambos os casos, a renda é estável e o investidor já tem como fazer uma boa estimativa do quanto lucrará no futuro.
Principais características da Renda Fixa:
A regra de remuneração do investimento já é conhecida quando é feita a aplicação – a renda pode ser estabelecida previamente (por uma taxa de juros, de 10% por exemplo) ou posteriormente (acompanhando algum índice econômico como o IPCA, a Selic ou o CDI); Costumam apresentar alta liquidez; Indicada para investidores de perfil Conservador; Alia segurança e bons retornos a longo prazo.
Na prática, o investimento em Renda Fixa é uma forma de empréstimo. Ao adquirir um Título de Renda Fixa, o investidor está atuando como credor para uma instituição privada ou para o Governo Federal – eles disponibilizam esses Títulos no mercado financeiro como uma forma de financiar suas próprias atividades.
Um Título, então, nada mais é do que um certificado em que o investidor têm dinheiro a receber, e com juros, após um certo período de tempo. É por isso que não deve desfazer-se dos Ativos de Renda Fixa e resgatar o dinheiro antes do tempo: o rendimento será fatalmente menor do que o previsto.
Como fazer a aplicação de renda fixa
Existem diferentes opções de Renda Fixa que são disponibilizadas por diferentes instituições – enquanto os Títulos Públicos do Tesouro Direto são emitidos pelo Governo Federal. Por exemplo, LCIs e LCAs são emitidas por bancos e corretoras. Cada investimento também apresenta uma taxação diferente. Enquanto alguns são isentos de abatimento no Imposto de Renda, outros não. De qualquer forma, para aplicar em Renda Fixa o investidor precisa ter conta aberta em uma instituição financeira autorizada a negociar esses Ativos.
Confira as principais opções de Aplicação de Renda Fixa e como investir nelas:
– Certificado de Depósito Bancário (CBD):
É um Título emitido por bancos para os investidores que lhes “emprestam” dinheiro. Posteriormente, esse investidor recebe seus recursos de volta com juros ,que podem ser prefixados ou pós-fixados. Para investir em CBD, pesquise a instituição financeira que oferece as melhores remunerações – geralmente, bancos médios.
– Letra de Crédito Imobiliário (LCI):
São Títulos emitidos por bancos destinados a financiar negócios no setor imobiliário. Como são atrelados a imóveis reais, a chance de perder dinheiro é muito pequena. Podem ter rendimentos prefixados ou pós-fixados e são isentos do Imposto de Renda.
– Letra de Crédito do Agronegócio (LCA):
Funcionam da mesma forma que os LCIs, porém são destinados a financiar negócios agropecuários. Também são emitidos por bancos e também são isentos do Imposto de Renda.
– Debêntures:
São Títulos emitidos por empresas que desejam obter recursos para financiar seus projetos e operações. Com rentabilidade prefixada, pós-fixada ou híbrida, são disponibilizados por meio de bancos e corretoras.
– Letra de Câmbio (LC):
Emitidas por financeiras, que são instituições menores que os bancos, funcionam da mesma forma que os CBDs. São garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que dá mais segurança ao investidor.
– Tesouro Direto:
São Títulos emitidos pela Receita Federal e negociados por instituições financeiras autorizadas (confira aqui quais são) que representam uma forma de emprestar dinheiro para o Governo Federal – e que por ele são garantidos, dando muita segurança ao investidor. São acessíveis (vendidos a partir de R$ 30,00), de alta liquidez e boa rentabilidade a longo prazo. Podem ter rendimento prefixado em uma taxa de juros, pós-fixado com base na Selic ou de rendimento híbrido, com parte prefixada e parte acompanhando o IPCA.
– Outras opções de Renda Fixa:
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Fundos de Renda Fixa e Caderneta de Poupança.
Vale a pena investir?
Ainda que não sejam totalmente livres de riscos, os investimentos em Renda Fixa representam um caminho mais seguro do que as aplicações em Renda Variável. O maior perigo é levar um calote da instituição que emitiu o Título. Por isso, é extremamente recomendável aplicar somente em instituições que tenham boa reputação como pagadores.
Títulos protegidos pelo FGC são uma boa pedida, ainda que o limite de garantia seja de R$ 250 mil por investidor. Outros quesitos a serem observados com cuidado são os riscos de mercado (quando a taxa de juros sobe e os papéis que estão atrelados a taxas menores, perdem poder).
A despeito dos alertas acima, as vantagens também são grandes. Para os Conservadores, a principal é o comportamento previsível dos Ativos e da possibilidade de prever os ganhos previamente. Para fazer a melhor escolha, é preciso prestar atenção às taxas de juros (no caso dos prefixados), aos valores atuais de cada índice (no caso dos pós-fixados), à incidência de impostos e às taxas que cada instituição cobra.
Além disso, já faz quase uma década que opções como Títulos do Tesouro Direto, CBDs, LCIs e LCAs estão rendendo mais que a Caderneta de Poupança – a aplicação em Renda Fixa mais utilizada pelos brasileiros e uma das mais desvantajosas.
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