IOF no Tesouro Direto e detalhes da tributação nos títulos
O IOF no Tesouro Direto é um dos impostos que incidem sobre o rendimento dos títulos públicos. Confira os detalhes.
15/05/2020
Investimentos

A cobrança de IOF no Tesouro Direto segue as mesmas regras de outros investimentos: tributação regressiva para aplicações de até 30 dias. Se você pretende vender seu título antes desse prazo, é melhor conferir as alíquotas cobradas antes de fazer o resgate.
E ainda tem o Imposto de Renda, a taxa de custódia da B3 e a taxa de administração para considerar no seu investimento. Mas existem maneiras de aliviar esses custos e se livrar do IOF no Tesouro Direto, como veremos nos próximos tópicos.
Leia até o fim e entenda a tributação dos títulos públicos.
Tem IOF no Tesouro Direto?
Sim, o IOF é cobrado sobre os rendimentos do Tesouro Direto, mas somente quando a aplicação é resgatada em menos de 30 dias. Essa é a regra geral do Imposto sobre Operações Financeiras, que incide sobre qualquer operação de crédito, câmbio, seguros, empréstimos e resgate de investimentos em um período inferior a 30 dias.
Caso você venda o título do Tesouro antes da aplicação completar 30 dias, será cobrado a partir de uma tabela de alíquotas regressivas do IOF. No caso, a cobrança se inicia em 96% dos rendimentos, para um dia de aplicação, e vai diminuindo até chegar a 0% no 30º dia.
Tabela do IOF no Tesouro Direto
Para saber quanto você pagaria de IOF no Tesouro Direto, caso resgatasse o título antes de completar um mês, é só conferir a tabela do IOF:
Número de dias | IOF (%) | Número de dias | IOF (%) |
1 | 96% | 16 | 46% |
2 | 93% | 17 | 43% |
3 | 90% | 18 | 40% |
4 | 86% | 19 | 36% |
5 | 83% | 20 | 33% |
6 | 80% | 21 | 30% |
7 | 76% | 22 | 26% |
8 | 73% | 23 | 23% |
9 | 70% | 24 | 20% |
10 | 66% | 25 | 16% |
11 | 63% | 26 | 13% |
12 | 60% | 27 | 10% |
13 | 56% | 28 | 6% |
14 | 53% | 29 | 3% |
15 | 50% | 30 | 0% |
Por exemplo, se você aplicar R$ 10 mil em um título do Tesouro Selic e decidir resgatar a aplicação no 25º dia, com um rendimento de R$ 30,00, a cobrança será de 16% — ou seja, R$ 4,80 de IOF sobre seus rendimentos. Depois da incidência do IOF, ainda será descontada a alíquota correspondente do Imposto de Renda e a taxa da B3 para chegar ao valor final resgatado, como veremos adiante.
Além do IOF no Tesouro Direto
Assim como o IOF, o Imposto de Renda no Tesouro Direto também incide sobre os rendimentos obtidos de forma regressiva. Ou seja: quanto maior o tempo da aplicação, menor será o valor cobrado da Receita Federal no momento do resgate.
Para saber qual será o valor do IR sobre os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto, basta utilizar como referência a tabela regressiva para aplicações financeiras não previdenciárias da RFB:
Prazo | Alíquota de IR |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
Lembrando que o IOF no Tesouro Direto é cobrado antes do Imposto de Renda, calculado sobre o rendimento total da aplicação após o desconto das eventuais taxas de administração. Então, o IR é aplicado sobre a rentabilidade restante.
Taxas no Tesouro Direto
Além do IOF e do Imposto de Renda, o Tesouro Direto possui duas taxas cobradas pelo investimento: a taxa de administração da instituição financeira e a taxa de custódia da B3 (Bolsa Brasil Balcão). A primeira é cobrada anualmente pelas corretoras para custear suas atividades, mas muitas instituições têm oferecido taxa zero para aplicações em títulos públicos, já que é uma cobrança opcional.
Já a taxa da B3 é obrigatória para todos os títulos emitidos pelo Tesouro Direto e corresponde a 0,25% ao ano sobre o valor das aplicações. Ela cobre os custos da B3 para guardar, proteger e movimentar os papéis comprados, sendo cobrada anualmente (metade em janeiro e metade em julho) ou nas ocasiões do resgate, vencimento do título e pagamento de juros semestrais.
Em resumo, estes são os custos que você deve considerar ao investir no Tesouro Direto: o valor do IOF para aplicações até 30 dias, a alíquota do Imposto de Renda, a taxa de custódia da B3 e a taxa de administração do banco ou corretora (se houver). Como você pode notar, a situação fica mais vantajosa conforme aumenta o tempo de aplicação — por isso vale mais a pena investir em títulos públicos em médio e longo prazo, pensando nos impostos e taxas.
Ao consultar a posição dos seus investimentos no site do Tesouro Direto ou sistema da corretora, você terá um painel geral com rentabilidade acumulada, IR previsto, IOF sobre o rendimento, taxa da B3, taxa da instituição e valor líquido final do título.
Entendeu como funciona o IOF no Tesouro Direto? Continue acompanhando os conteúdos da Capital Research para conhecer outros impostos e tomar melhores decisões de investimentos.
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