DFC: Entenda a importância do Demonstrativo de Fluxo de Caixa

Relatório que aponta a entrada e saída de recursos de uma empresa é um indicador precioso para investidores

Qualquer grande empresa precisa realizar uma série de relatórios periódicos para ter sucesso e ser operada com saúde financeira. O Balanço Patrimonial, por exemplo, como o nome já indica, é uma confirmação do real patrimônio de uma determinada empresa. Já o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) apresenta as operações financeiras que a organização realizou em um determinado período. 

Além desses dois, a trinca de relatórios financeiros essenciais para o bom funcionamento das empresas é completada pelo Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), um registro minucioso de todos os recursos que entram e saem do caixa da instituição.

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Demonstrativo de Fluxo de Caixa: O DFC é um relatório contábil que demonstra se a empresa teve lucro ou prejuízo durante um certo período. Qualquer valor que foi efetivamente pago ou recebido pela organização deve estar registrado no DFC, que deve apontar ainda:
– Saldo/Caixa Inicial: o valor total no início do período em questão;
– Entradas: todo o dinheiro que entra em caixa, geralmente proveniente das vendas de produtos e serviços ou de investimentos que foram feitos pela empresa;
– Saídas: todo o dinheiro que sai de caixa, geralmente para cobrir gastos operacionais e de produção ou para comprar ativos e fazer novos investimentos.

Com o intuito principal de evitar fraudes, a lei brasileira determina que quase todas as empresas (exceto microempreendedores) devem apresentar o Demonstrativo de Fluxo de Caixa; uma vez ao ano, no caso das empresas pequenas e médias, e trimestralmente, no caso das empresas de capital aberto com ações na Bolsa de Valores. Apesar da obrigatoriedade anual, é recomendado para qualquer gestor manter o DFC atualizado com a maior frequência possível e ter, assim, controle absoluto sobre a capacidade financeira de sua empresa.

O demonstrativo oferece uma possibilidade de verificação e de análise que muitas vezes é fundamental no processo de tomada de futuras decisões. O gestor financeiro consegue, com base nos dados apresentados no DFC, entender como a empresa chegou àquele resultado – seja ele negativo ou positivo. 


O que é fluxo de caixa?


O fluxo de caixa de uma empresa é a própria movimentação de dinheiro que entra e sai de seu caixa – e a proposta do DFC é ser justamente um retrato dessas movimentações. Um período de receitas aparentemente crescentes pode estar disfarçando gastos paralelos igualmente ascendentes que estavam mascarados pela aparente entrada de dinheiro. O ideal para organizações de qualquer estatura é manter registros fiéis e constantes do fluxo de caixa. 


Tipos de fluxo de caixa:

– Fluxo de Caixa Direto: de organização diária, semanal ou mensal, esse método de estruturação registra todas as entradas e saídas de dinheiro do caixa da empresa. O fluxo de caixa direto pode ser dividido em períodos, mas é fundamental que seja claro e objetivo. É composto por: saldo inicial, recebimentos, pagamentos, saldo operacional (diferença entre o que foi recebido e o que foi pago) e saldo final.

– Fluxo de Caixa Indireto: relacionado com o Demonstrativo do Resultado de Exercício (DRE), esse tipo de análise exclui do valor líquido de lucro da empresa as antecipações de recebimentos e pagamento. A proposta é não levar em conta as futuras alterações no caixa.

– Fluxo de Caixa Operacional: apresenta todas os valores relacionados a atividades operacionais da empresa.

– Fluxo de Caixa de Investimentos: demonstra os gastos com bens de capital e ativos de longa duração, como imóveis e equipamentos.

– Fluxo de Caixa de Financiamentos: registra os pagamentos de dívidas, dividendos e recompra de ações e as entradas em caixa de emissões de dívidas e novas ações. 


A importância do Demonstrativo do Fluxo de Caixa para o investidor


Como mencionamos, as empresas brasileiras de capital aberto que disponibilizam ações na Bolsa de Valores são obrigadas, por lei, a apresentar o Demonstrativo de Fluxo de Caixa a cada três meses. Manter o DFC sempre positivo é, portanto, a melhor forma de uma organização comprovar sua boa saúde financeira – e que vale a pena investir nela. 

Os investidores mais experientes não compram ações de uma empresa sem antes analisar em detalhes o DFC da instituição em questão e ter certeza da sua capacidade de obter recursos líquidos e gerar lucros. 


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