Consórcio: entenda o que é e descubra por que não vale a pena

O consórcio é uma modalidade de compra muito conhecida. Mas, se você pensa que ele vale a pena, pode estar enganado. Clique e saiba mais!

Você, provavelmente, já ouviu muitas coisas erradas sobre o consórcio. Mas, não importa quantas vezes o gerente do seu banco diga, o consórcio não pode ser chamado de investimento.

Na verdade, podemos caracterizá-lo melhor como uma espécie de financiamento, que lhe dá algumas vantagens em troca de não receber o imóvel ou algum bem que você não deseja comprar de imediato. Ainda assim, ele talvez não seja a escolha ideal.

Para ilustrar o que falamos nesses primeiros parágrafos, confira abaixo o que é um consórcio, como ele funciona e os tipos mais comuns que existem no mercado. Por fim, descubra porque não vale a pena fazer um consórcio.

Boa leitura!

O que é consórcio?

O consórcio é uma modalidade de compra baseada na união de pessoas físicas ou jurídicas. Ou seja, pense em um grupo como o dos fundos de investimento, o qual ajuda investidores a montar uma carteira diversificada.

A lógica é semelhante, mas os objetivos são totalmente diferentes. Os grupos formados pelo consórcio têm como objetivo formar uma reserva para adquirir um bem móvel, imóvel ou serviço.

Essa reserva é montada por meio dos pagamentos mensais realizados pelos participantes no grupo de consórcio. Até o fim do prazo, todos os participantes são contemplados com a carta de financiamento para o bem escolhido pelo grupo.

 

Exemplos simples de consórcio

Você, provavelmente, já conhece alguns exemplos básicos de consórcio. Se tem um relacionamento de algum tempo com o banco, é certo que o seu gerente já entrou em contato para lhe oferecer um consórcio imperdível e, assim, adquirir um carro ou imóvel.

Ambos os exemplos são os mais comuns quando falamos no tema. Porém, não são os únicos. Outros bens de consumo ou serviços também podem ser o objetivo final de um consórcio. Atualmente, por exemplo, já é possível encontrar consórcios para a realização de cirurgias plásticas.

Como o consórcio funciona?

Assim como qualquer operação financeira – com exceção das criptomoedas -, existe um órgão regulamentador que dá regras às administradoras, de acordo com a Lei n° 11.795/2008. Nesse caso, o BACEN é quem toma as rédeas na regulação dos consórcios.

Seu papel envolve definir os critérios para credenciamento das empresas que desejam oferecer e administrar esses consórcios. As administradoras são fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil, que observa tanto seu funcionamento quanto os grupos de consórcio já reunidos.

Por fim, a administradora é quem gerencia os recursos dos participantes dos consórcios, além de realizar os procedimentos para os sorteios e lances.

Agora, entenda mais sobre os sorteios e lances em um consórcio.

 

Sorteio

Caso o consórcio não oferecesse os sorteios e os lances, teríamos um financiamento comum em mãos. São eles que diferenciam uma coisa da outra.

Todo participante de um grupo de consórcio eventualmente será contemplado para receber a carta de crédito para adquirir o financiamento do imóvel, bem ou serviço.

Vale mencionar que, no caso dos imóveis, o consórcio pode ser usado tanto para aquisição do imóvel pronto ou “na planta”, comum em incorporações mobiliárias.

Porém, alguns membros podem ser contemplados antes do prazo do investimento. Isso é feito por meio dos sorteios mensais realizados pela administradora, como mencionamos anteriormente.

Esses sorteios são feitos de acordo com os números sorteados pela loteria federal. Nesse modelo, basta pagar as parcelas no prazo para poder ser sorteado.

Entenda, agora, como funcionam os lances.

 

Lance

Como vemos em um leilão comum, os lances são outra maneira de acelerar o processo de obtenção da carta de crédito. Para isso, o participante deve oferecer o pagamento antecipado de parcelas.

Ao fazer isso, o cotista aumenta as chances de ser contemplado nos sorteios com antecedência. Os leilões são realizados por meio de assembleias ordinárias convocadas pela administradora.

 

Como são feitas as prestações do consórcio?

As parcelas pagas pelos cotistas são definidas de acordo com o valor do bem e o número de participantes de um grupo, divididos pelo tempo de pagamento das parcelas.

Vale mencionar que, embutido nesses pagamentos, estão também a taxa de administração cobrada pela instituição que gerencia. Também é possível contratar seguros e fundos de reserva, cobrados na parcela mensal.

 

O que é a carta de crédito?

A carta de crédito não necessariamente significa que o imóvel está totalmente pago. Depende do bem ou serviço que será adquirido por meio do consórcio.

A carta de crédito é usada para adquirir o bem à vista. Além disso, é importante mencionar que ela não precisa ser usada para comprar exatamente o objetivo.

Qualquer bem da mesma categoria do consórcio pode ser adquirido com a carta. Por exemplo, você pode optar por comprar um veículo de outra marca.

Em imóveis, pode usar a carta para comprar outro. Também não é necessário que ele seja no valor exato da carta.

Caso o bem seja mais barato, você pode usar o saldo para quitar sua dívida com a administradora. Se for mais caro, deve completar a diferença para realizar a aquisição.

Tipos de consórcio

Como mencionamos ao longo do artigo, existem diversos tipos de consórcio. Conheça um pouco sobre eles abaixo.

 

Carros e motos

Veículos são um dos tipos mais comuns de consórcio e podem ser adquiridos por um consórcio. Este tipo de consórcio acaba por ser uma opção já que, normalmente, as parcelas de um financiamento costumam ser maiores que as dos consórcios.

Em compensação, assim como já notou no texto, é necessário esperar ser contemplado para poder adquirir o veículo.

 

Imóveis

Este é o tipo mais comum de consórcio. Assim como os consórcios de veículos, o de imóvel pode ser usado para comprar casas, apartamentos ou instalações comerciais – este último caso apenas para pessoa jurídica.

A aquisição do imóvel também só pode ser feita caso seja sorteado ou consiga aumentar suas chances utilizando os lances.

 

Serviços

Esta é uma opção relativamente nova e são de valor mais alto, os quais normalmente fogem dos limites de cartão de crédito, ao mesmo tempo que não vale a pena fazer um empréstimo para pagá-los à vista.

Você pode contratar alguns serviços a partir de consórcios. Cirurgias estéticas, viagens ou até mesmo alguns eventos, como casamentos e festas de formatura, podem ser o objetivo final de um grupo de consórcio.

Vale a pena fazer um consórcio?

Apesar de parecer vantajoso participar de um grupo de consórcio, nossa resposta é a seguinte: “não vale a pena”.

Mesmo que as parcelas dos consórcios costumem ser menores que as de um financiamento convencional, existem alguns pontos negativos que tornam o negócio inviável. São eles:

  • Você paga por algo que não adquiriu ainda: enquanto não for contemplado, você está simplesmente pagando algo que ainda não pode usufruir;
  • Pagará multas caso opte por sair: depois que entrar em um grupo de consórcio, as multas por sair do grupo acabam te prendendo ao pagamento das parcelas;
  • Não é um investimento: você está pagando por algo que não sabe quando dará retorno. Ao optar por investir em ativos de renda fixa ou variável, por exemplo, você pode juntar o mesmo montante de um consórcio e até mesmo pagar um veículo ou imóvel à vista, ganhando maior poder de negociação.

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