Como investir em ouro: veja se vale a pena

Saiba como essa aplicação funciona, para quem é recomendada e descubra como investir em ouro do jeito certo!

Como investir em ouro

O ouro é uma forma de criar uma reserva de valor com liquidez internacional. Todavia, esse investimento é de alto risco. A partir daí, surge a dúvida: devo ou não e como investir em ouro?

O  produto é uma alternativa para quem procura rentabilidade, segurança e proteção, principalmente se deseja investir em momentos de crise financeira. Existe  o pensamento de guardar o ouro em um cofre ou usá-lo para produzir joias, mas nenhuma dessas opções é a mais rentável.

Por isso, vamos explicar como esse investimento funciona, para quem ele é indicado, quais as vantagens, em quais situações faz sentido e quais são os riscos envolvidos.

Como investir em ouro?

É possível comprar ouro físico, investir por meio de contratos na Bolsa de Valores ou ainda por fundos de investimento. A primeira opção é mais comum em famílias de grandes fortunas de países asiáticos, mas é uma prática que vem diminuindo. Dessa forma, o mais indicado é procurar uma corretora autorizada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliados. Evite ao máximo as lojas de rua.

Já os contratos na Bolsa são voltados para quem não quer guardar o ouro em casa. Assim, é necessário consultar uma empresa credenciada. Os pesos e valores dos contratos variam entre 0,225g a 250g e R$35 a R$40 mil. Os contratos menores podem parecer atrativos logo de cara. Contudo, no futuro, eles são menos comercializáveis.

Por fim, os fundos de investimento são lastreados em contratos financeiros de ouro. Existem diversas empresas no mercado que oferecem esse serviço, cada uma com sua especificidade. Uma das vantagens mais significativas desse modelo é o fato de o cliente não estar sujeito à variação do dólar. Outro ponto é que os fundos compram e vendem nos melhores momentos.

Quais são os fatores de influência na cotação do ouro?

Ao pensar em como investir em ouro, é essencial ter em mente quais elementos influenciam em sua cotação, que é internacional. Para isso, três pontos-chave são ressaltados: inflação, cotação do dólar e o cenário econômico. Cada um deles atua de uma maneira que impacta no valor de mercado do ouro e são relevantes de serem analisados.

A inflação, quando atinge índices exorbitantes, faz com que a procura por moedas estáveis e investimentos seguros também cresça, e o ouro está nesse rol. Consequentemente, os preços do dólar e do ouro sobem. Portanto, ter noções básicas de economia é primordial para investir com sabedoria e segurança.

Ainda, a cotação do dólar impacta na cotação do ouro, pois ela é definida pelo valor da moeda norte-americana. Quando o preço da moeda sobe, o ouro também, e assim sucessivamente. Já o cenário econômico é desestabilizado quando há conflitos com grandes países, como Estados Unidos e China. Desse modo, pode-se gerar estresse no câmbio. Por isso, acompanhe a cotação do ouro no site da BM&FBovespa.

O ouro é um investimento seguro?

Como  a cotação do ouro depende das variáveis mencionadas acima, ela acaba sendo bastante volátil. Além disso, essa não é uma aplicação de baixo risco, e é necessário ter cautela. Para muitos economistas, apostar no ouro deve ser um investimento em longo prazo, cerca de um a três anos. Durante esse tempo, você pode explorar outros produtos que dão resultados mais rapidamente.

É  possível definir bons momentos para se investir em ouro, como quando o dólar não está muito em alta ou em baixa, por isso a estabilidade econômica é essencial para proteger seu capital e minimizar os riscos de desvalorização do produto no Brasil. Sabe-se que o ouro é um objeto desejado há milhares de anos, e dificilmente irá causar grandes estragos financeiros se negociado da forma correta.

Quais as vantagens de investir em ouro?

Existem diversas vantagens de investir em ouro, algumas delas são:

  • Aceitação internacional;
  • Proteção em momentos de crise;
  • Proteção contra inflação;
  • Correlação negativa com a bolsa;
  • Correlação positiva com o dólar.

Por isso, vamos entender como cada uma delas influencia o dia a dia do investidor.

A  aceitação internacional se refere ao fato de que o mercado financeiro mundial reconhece a importância e o valor do ouro. Afinal, ele é um bem natural finito (não pode ser fabricado) e, assim, sua cotação é menos variável do que a de outras moedas, por exemplo. A  proteção em momentos de crise e proteção contra a inflação são parecidas, pois a cotação do ouro está relacionada ao valor do dólar.

Isso nos leva à última vantagem, correlação negativa com a bolsa e correlação positiva com o dólar. Diferentemente das ações, as interferências, ou seja, chances de falha e oscilações, são menores. Entretanto, nada no mundo dos negócios possui apenas vantagens, por isso é necessário analisar seu momento e verificar o que te atende no presente.

Quais as desvantagens de investir em ouro?

Como desvantagens de investir em ouro, temos:

  • Movimentos especulativos;
  • Não pagamento de juros ou dividendos;
  • Custos altos para quem compra ouro físico;
  • Queda na demanda;
  • Baixa liquidez em momentos de crescimento econômico.
  •  

Entenda como funciona cada uma delas para investir do jeito certo:

Os movimentos especulativos estão atrelados à aposta na valorização de um produto de forma repentina e em um curto espaço de tempo, assumindo grandes riscos. Já o não pagamento de juros ou dividendos não rende nada ao comprador do ouro, diferentemente do mercado de ações. Por outro lado, os custos para o investidor de ouro físico estão na segurança do produto, como a compra de cofres.

A queda da demanda está vinculada ao fato da baixa procura, em certas épocas, de compradores de ouro. Como o ativo possui algumas desvantagens, os investidores, por vezes, preferem dar atenção a outros produtos. Além disso, a baixa liquidez em momentos de crescimento econômico e o fato de o investimento não ser rapidamente convertido em dinheiro também podem gerar desânimo e desestimular o interesse nesse tipo de aplicação.

Para quem é indicado?

De maneira geral, investir em ouro é indicado, principalmente, para pessoas com perfil arrojado e que querem diversificar a carteira de investimento, pensam em longo prazo e querem ter um ativo menos volátil e mais seguro em momentos de crise.

Uma dica é não deixar que o ouro ultrapasse 10% do total de sua carteira. Assim, quando o nível de incerteza de outros ativos estiver alto, o ouro entra em cena.

Passo a passo – Como investir em ouro

Quer saber como investir em ouro? Primeiramente, a forma mais simples e segura é abrindo uma conta em corretora para comprar contratos de ouro na Bolsa de Valores. Ao contrário do que muitos podem pensar, não é necessário um capital inicial de investimento alto. Com apenas R$50 (ou até menos), já é possível realizar essa ação. A partir disso, conheça quais são os contratos negociados.

Atualmente, existem três tipos de contrato no mercado: o padrão, o fracionário 1 e o fracionário 2. O padrão é utilizado para negociar uma barra de ouro de 250g. Seu preço varia entre R$40 mil a R$50 mil, e é comercializado no mercado futuro, a termo de opções e à vista. Entre as opções, esse é o mais caro e que requer maior investimento.

O fracionário 1 refere-se à negociação de 10g de ouro. Seu preço é bem inferior, cerca de R$1mil a R$2 mil. O valor varia conforme a variação do dólar e da grama do ouro. Contudo, esse modelo só é negociado no mercado à vista. O contrato fracionário 2 é o mais barato, pois negocia apenas 0,225g de ouro, e o preço pode chegar a R$50, e só é comercializado à vista.

O ouro é um investimento rentável a longo prazo, no entanto, é um produto volátil. Porém, diante das diversas vantagens, investir em ouro é indicado para quem deseja diversificar a carteira de investimentos.

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