Tipos de Tesouro Direto e as diferenças na rentabilidade
Conheça os tipos de Tesouro Direto e entenda como escolher o título com a melhor rentabilidade para os seus objetivos.
19/05/2020
Investimentos
Entender as diferenças entre os tipos de Tesouro Direto é o primeiro passo para quem deseja investir na aplicação financeira mais segura do Brasil.
Recomendados para quem prioriza a proteção ao patrimônio, os títulos do Tesouro Direto são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.
Mas, com a queda da taxa básica de juros, a Selic, para o menor nível da história, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa foi afetada.
Neste artigo, você vai entender as diferenças entre os tipos de Tesouro Direto e vai descobrir como escolher a melhor opção para você.
Quais são os tipos de Tesouro Direto?
Antes de conhecer os tipos de Tesouro Direto, é preciso entender o que é o Tesouro Direto.
Falando de forma simplificada, o Tesouro Direto pode ser entendido como uma plataforma criada pelo Tesouro Nacional para vender títulos públicos aos investidores.
Ele é fruto de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a B3, a bolsa de valores brasileira. Em funcionamento desde 2002, a plataforma permite que investidores comuns possam financiar a dívida pública brasileira, ao comprar os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.
Ao comprar um título público, o que você está fazendo, na prática, é adquirir uma pequena porção da dívida nacional, cujo valor será pago de volta pelo Tesouro Nacional, com os respectivos juros pelo empréstimo.
O único risco que você corre neste empréstimo é o risco de crédito do próprio governo. Ou seja: o risco de o Brasil falir ou dar um calote na sua dívida pública. Por isso, essa é considerada a aplicação mais segura do país, à frente de qualquer alternativa de renda fixa.
Existem basicamente três tipos de Tesouro Direto, de acordo com o site oficial do Tesouro Direto. Todos possuem liquidez total, já que o próprio Tesouro Nacional se encarrega da compra, caso você queira vender. O que muda entre eles é a rentabilidade e o prazo de aplicação, o que acaba impactando suas escolhas.
Agora, vamos conhecer cada um deles:
Tesouro Prefixado
Os títulos públicos do Tesouro Prefixado possuem uma taxa de juros fixa. Nesse caso, você já conhece a rentabilidade total do investimento no momento da aplicação.
O Tesouro Prefixado é o ideal para quem deseja saber, desde o início, quanto receberá ao fim da aplicação.
Ele tem datas de vencimento de médio e longo prazo, mas é preciso ficar atento, porque, se você decidir vender os títulos antes do vencimento, o valor pago pelo Tesouro Nacional será o valor de mercado daquele título.
Assim, se você resgatar antes do prazo de vencimento, pode obter uma rentabilidade diferente da contratada. A única maneira de garantir a taxa contratada é carregar o título até a data de vencimento.
Tesouro Selic
Já os títulos públicos do Tesouro Selic, como o próprio nome indica, possuem uma taxa de juros atrelada à taxa Selic, a taxa básica de juros da economia
Conforme a taxa Selic varia, a rentabilidade também varia. Por isso, é o tipo de Tesouro Direto ideal para quem deseja construir uma reserva de emergência, aquele dinheiro que precisa estar sempre disponível para urgências.
Isso acontece porque, entre todos os títulos do Tesouro Direto, o Tesouro Selic é o único em que você consegue garantir que não perderá rentabilidade ao vender a valor de mercado, já que a rentabilidade desse título, ao contrário dos outros, é pós-fixada, e varia conforme a taxa Selic.
Nos outros títulos, a variação da taxa Selic pode acabar valorizando o papel, caso a Selic caia e a taxa prefixada seja superior, ou desvalorizando, caso a Selic aumente e a taxa prefixada seja inferior.
Tesouro IPCA
O terceiro tipo de Tesouro Direto é o Tesouro IPCA. Neste caso, a rentabilidade é atrelada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.
Além da inflação, há o acréscimo de uma taxa de juros prefixada. A grande vantagem desse título é que você garante que terá uma rentabilidade sempre superior à inflação, o que aumenta o seu poder de compra.
Mas, como a taxa prefixada depende da Selic do período em que o papel foi emitido, esse tipo de Tesouro Direto também tem a rentabilidade afetada, caso você não espere até o vencimento para resgatar o montante investido.
Como escolher entre os tipos de Tesouro Direto
Agora que você já conhece os tipos de Tesouro Direto, vamos resumir como escolher a melhor opção para a sua necessidade.
Defina os seus objetivos
O primeiro passo é entender e definir os seus objetivos para o dinheiro. Você quer poupar para a aposentadoria? Pretende investir para pagar a faculdade de um filho? Ou simplesmente deseja guardar dinheiro para o curto prazo?
Estabeleça o prazo para aplicação
Além de definir os seus objetivos, você precisa decidir qual será o prazo do investimento.
Se você tem foco no curto prazo, o melhor tipo de Tesouro Direto é o Tesouro Selic, que não sofre alterações na rentabilidade caso você venda a qualquer momento.
Para o médio e longo prazo, as melhores opções são o Tesouro IPCA e o Tesouro Prefixado. A decisão vai depender se você deseja saber antes quanto vai receber (Tesouro Prefixado), ou prioriza uma rentabilidade superior à inflação do período (Tesouro IPCA).
Simule a rentabilidade dos tipos de Tesouro Direto
O Tesouro Direto ajuda os investidores a escolher o título público mais adequado para cada perfil, com o simulador do Tesouro Direto.
Você responde uma série de perguntas, define os seus objetivos e o prazo para o investimento, e a plataforma recomenda o melhor título para a sua necessidade.
Além disso, o site do Tesouro Direto também permite comparar a rentabilidade entre diferentes títulos, simulando o valor que você receberá ao final do período.
Vá além do Tesouro Direto
Como vimos, os títulos do Tesouro Direto são uma ótima opção de aplicação de renda fixa para quem prioriza a segurança ou quer aplicar o dinheiro da reserva de emergência.
Mas um carteira diversificada pede mais do que o investimento em títulos públicos. Se você almeja uma rentabilidade superior à oferecida pela renda fixa, precisa se expor à renda variável, por exemplo.
Respeitando o seu perfil de investidor e o seu grau de aceitação ao risco, é possível montar um portfólio que otimize os rendimentos no longo prazo.
A Capital Research é uma casa de análise com profissionais especializados no mercado financeiro, capazes de encontrar as melhores oportunidades para você montar o seu portfólio.
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