Fundo de Ações x Fundo DI: como escolher o melhor

Disponíveis na Bolsa de Valores, um oferece Renda Variável e o outro Renda Fixa

Como qualquer mercado convencional, a Bolsa de Valores oferece e comercializa diversas opções de produtos para atender a todo tipo de cliente. Comprar e vender diretamente as Ações de grandes empresas, o caminho mais conhecido, é apenas uma das formas de se investir dinheiro na Bolsa. 

Mas, para escolher corretamente os produtos que irá comprar, torna-se vital descobrir que tipo de cliente você é, ou seja: identifique seu perfil de investidor, estude o mercado financeiro e valorize as opções de investimento mais atraentes para seu perfil que a Bolsa tem a oferecer. 

Aplicar em uma ou mais delas pode ser o caminho certo para aumentar seu rendimento e patrimônio.

🡪 Conservador, Moderado ou Arrojado? Identifique seu perfil de investidor!

Umas das boas opções que a B3 (a bolsa brasileira) disponibiliza, especialmente para quem está em dúvida sobre qual ação comprar, são os fundos de investimento. 

Preparados, oferecidos e gerenciados por empresas especializadas, os fundos são como clubes de investimento que concentram toda uma carteira de ativos e atendem diferentes perfis: cada clube usa uma estratégia diferente para render mais. 

Os Fundos de Ações e os Fundos DI representam as principais ofertas da modalidade de fundos na Bolsa de Valores. A principal diferença entre eles: enquanto os Fundos de Ações são do tipo Renda Variável, os Fundos DI proporcionam Renda Fixa.

🡪 Saiba como escolher o seu fundo de investimento! 


Tudo sobre Fundo de Ações


Também chamado de Fundo de Investimento em Ações, ou FIA, o Fundo de Ações é um tipo de fundo de investimento de Renda Variável que tem a maior parte de seu capital (no mínimo 67%) investido em Ações na Bolsa de valores. 

Caracteriza-se quando um grupo de investidores adquire cotas de um Fundo de Ações oferecido por uma empresa especializada (uma instituição financeira), que então gerencia o Fundo. Ela utiliza os recursos dos cotistas para comprar e vender Ações da forma que julga ser melhor para o rendimento do Fundo de Ações

Por ser de Renda Variável, o lucro do Fundo de Ações depende das escolhas que a empresa gestora toma – e do desempenho das Ações que ela compra. 

O aporte inicial necessário para comprar cotas de um Fundo de Ações varia – existem quase 2 mil fundos operando no Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Anbima – mas existem opções a partir de R$ 1 mil de entrada.

Além de adquirir as cotas, o investidor precisa arcar com as taxas de administração (cerca de 2% ao ano, em média) e de performance (um “prêmio” para o bom desempenho dos gestores, mas nem todo Fundo cobra) das empresas gestoras e com tributação de 15% sobre os lucros recebidos (cobrado somente no momento do resgate). 

Menos comuns, mas às vezes cobradas, são as Taxas de Entrada e de Saída. Nos Fundos de Ações, ao contrário dos fundos de Renda Fixa, não há cobrança do imposto come-cotas.

 

Como investir em Fundo de Ações

Para ter acesso aos Fundos de Ações, o investidor precisa possuir conta em uma corretora/instituição financeira autorizada a operar na Bolsa de Valores. Antes de entrar em um Fundo de Ações, estude seu histórico de desempenho ao menos nos últimos 36 meses: se os rendimentos forem negativos nesse período, procure outro. 

Quanto mais antigo é o Fundo de Ações, mais confiança depositada nele existe. Como o Fundo reúne toda uma carteira de ativos, a desvalorização de algumas ações tende a ser diluída e equilibrada por outras mais estáveis – e as perdas são compartilhadas com outros investidores, minimizando o prejuízo.

Quando é classificado como de gestão passiva, isso significa que o rendimento do Fundo busca replicar o desempenho de algum índice específico da Bolsa – como o Ibovespa. 

Já os Fundos de Ações com gestão ativa podem ser divididos em:

Fundo Livre: investe sem uma estratégia pré-definida;
Fundo de Dividendos: investe em empresas pagadoras de dividendos;
Fundo de Small Caps; investe em empresas de baixo valor de mercado;
Fundo de investimento no exterior: investe em empresas estrangeiras;
Fundo específico: investe em grupos específicos de Ações;
Fundo fechado: não estão abertos para todos os investidores;
Fundo Setorial: investe em empresas de um setor específico;
Fundo indexado: investe em Ações relacionadas a um índice específico.

Tudo sobre Fundo DI
Também chamados de Fundos de Renda Fixa Diferenciados, os Fundos DI são um tipo de fundo de investimento de – como o nome indica – Renda Fixa cuja maior parte do capital (no mínimo 95%) precisa ser investida em Títulos Públicos (Títulos do Tesouro). 

Esses Títulos estão atrelados à Taxa Selic, a taxa básica da economia brasileira, que é utilizada como referência para calcular todo tipo de juros – inclusive os juros que o Governo precisa devolver a quem lhe empresta dinheiro, que é justamente a proposta de se investir em Títulos Públicos. 

Isso quer dizer que o rendimento do Fundo DI cresce ou diminui de acordo com as variações da Taxa Selic e do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) – que acompanha a Selic.

É um tipo de investimento de menor risco que os Fundos de Ações – porém mais conservador e com menos possibilidades de ganhos. Os Fundos DI oferecem ainda liquidez diária – facilidade para resgatar o dinheiro. 

O aporte inicial necessário varia de acordo com o Fundo mas costuma ser mais barato do que os Fundos de Ações. Como a rentabilidade está atrelada à Selic e ao CDI, o que pode acabar fazendo a diferença entre o rendimento oferecido pelos Fundos são as taxas de administração cobradas por cada empresa gestora. 

O Imposto de Renda é abatido no momento do resgate de acordo com uma tabela regressiva (entre 22,5% e 15%, dependendo da duração do investimento). Além disso, ao contrário dos Fundos de Ações, os Fundos DI são abatidos duas vezes ao ano pelo imposto come-cotas. 

 

Como investir em Fundo DI

O investidor precisa ter conta aberta em uma corretora/instituição financeira autorizada a operar na Bolsa de Valores. Antes de escolher um, compares os custos e o histórico de rentabilidade de cada Fundo DI. 

Compare, principalmente, as taxas de administração que são exigidas por cada Fundo: elas podem fazer toda a diferença entre a aplicação no Fundo DI valer ou não a pena.

Os Fundos DI podem ser divididos, em:
Fundo Crédito Privado: os cotistas “emprestam” dinheiro para empresas privadas;
Fundo Curto Prazo: investe em Títulos Públicos com vencimento em até um ano;
Fundo Longo Prazo: investe em Títulos Públicos com vencimento para depois que um ano.

Dicas para decidir e investir em Fundo de Ações x Fundo DI
Agora que você sabe melhor a diferença entre Fundos de Ações x Fundos DI, conheça alguns motivos para escolher qual a melhor opção para você.

Por que investir em Fundo de Ações:

– Gestão profissional por uma instituição especializada
– Diversificação dos Ativos com uma só aplicação
– Possibilidade de ganhar mais investindo menos
– Custos e perdas diluídas entre os cotistas do Fundo
– Boa liquidez (em geral) 

Por que investir em Fundo DI:

– Gestão profissional por uma instituição especializada
– Aporte inicial necessário costuma ser mais baixo
– Baixíssimo risco de prejuízo
– Alta liquidez (diária)

Saiba mais sobre como investir conferindo o Guia do Investimento da Capital Research!  

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