Emolumentos da Bovespa: quais os custos da bolsa?

Os emolumentos da Bovespa devem ser considerados ao investir na bolsa de valores. Veja todos os custos para negociar ações.

Os emolumentos da Bovespa (B3) devem entrar no seu radar de custos ao começar a investir na bolsa de valores. Mas, como você verá nas próximas linhas, não há com o que se preocupar.

Os emolumentos da Bovespa são cobrados em todas as operações de compra e venda de ativos, como ações, fundos imobiliários, dentre outros. Os valores são diferentes dependendo do tipo de cliente (pessoa física ou jurídica) e do tipo de operação (swing trade ou day trade).

Neste artigo, você vai saber como é essa cobrança e também vai descobrir quais outras taxas existem nas operações da bolsa de valores. Siga a leitura.

O que são emolumentos da Bovespa

Emolumentos da Bovespa são taxas cobradas pela B3 (Brasil Bolsa Balcão) e pela CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

Também conhecidos como taxas de negociação, os emolumentos são calculados em percentuais sobre o valor financeiro da operação de cada investidor (comprador e vendedor).

Há também a taxa de liquidação, cobrada da mesma forma, tanto para o comprador quanto para o vendedor. 

Para ter certeza dos valores vigentes na sua faixa de atuação, acesse o site da B3.

Emolumentos da Bovespa: quais são e como calcular

Para as operações a vista, são cobradas taxa de negociação e de liquidação. Nos casos de operações a termo e de opções, por exemplo, há ainda a taxa de registro.

Taxa de negociação

  • Pessoas físicas e demais investidores: 0,003291%
  • Fundos e clubes de investimento: 0,003291%.

 

Taxa de liquidação

  • Pessoas físicas e demais investidores: 0,0275%
  • Fundos e clubes de investimento: 0,0200%.

 

Total

  • Pessoas físicas e demais investidores: 0,030791%
  • Fundos e clubes de investimento: 0,023291%.

No caso das operações day trade (compra e venda de ativos no mesmo dia), os emolumentos variam de acordo com o volume negociado.

Os percentuais reduzem gradativamente para pessoas físicas a partir de R$ 4 milhões. Para pessoas jurídicas, as taxas diminuem a partir de R$ 20 milhões negociados.

Como são calculados os emolumentos da Bovespa

O investidor não precisa se preocupar em apurar emolumentos da Bovespa e efetuar pagamentos. As taxas são calculadas automaticamente e debitadas na conta da corretora com o total da operação.

Na nota de corretagem, aparecem os valores discriminados em campo específico. É importante que você observe as informações, porque os emolumentos e as taxas podem ser descontados no pagamento do Imposto de Renda.

Em geral, os valores com as taxas da B3 e da CBLC representam menos de 0,1% do volume negociado. Mesmo assim, é importante saber o que são e para que servem.

Além dos emolumentos da Bovespa

Ao investir em ativos negociados na bolsa de valores, há outros custos além dos emolumentos da Bovespa, como taxas de corretagem, de custódia e Imposto de Renda.

Algumas corretoras isentam os clientes de taxas de custódia e até de corretagem. É importante que você pesquise e compare.

Taxa de corretagem

Taxa de corretagem é cobrada pelas corretoras em toda operação de compra e venda. Pode ser valor fixo ou percentual.

O preço fixo geralmente é mais vantajoso para quem opera grandes volumes. Se você usa pouco o home broker, a cobrança em percentual pode ser mais interessante. 

Devido à concorrência, os custos com corretagem caíram bastante nos últimos anos. Atualmente, algumas corretoras isentaram seus clientes de taxa de corretagem

Importante ressaltar que, sobre a taxa de corretagem, é cobrado o ISS (Imposto Sobre Serviço). A alíquota varia de 2% a 5% dependendo do município.

Taxa de custódia

A taxa de custódia serve para pagar os gastos da corretora junto à B3.  É cobrada mensalmente, mas fica a critério de cada instituição repassar ou não o custo ao cliente.

Com alguma pesquisa, você encontrará várias corretoras de valores que não cobram taxa de custódia.

Imposto de Renda

O Imposto de Renda tem peso maior ou menor sobre os lucros dependendo do ativo negociado e do tipo de operação.

No caso das ações, o IR varia de 15% a 20%, como veremos a seguir:

  • Operações “normais” (swing trade): o Imposto de Renda é de 15% sobre o lucro de compra e venda em dias diferentes. Vendas totais de até R$ 20 mil por mês são isentas
  • Day trade: lucros resultantes de compra e venda no mesmo dia são tributados em 20%. Não há isenção para vendas de até R$ 20 mil.

Diferentemente dos emolumentos, que são calculados e cobrados automaticamente, o Imposto de Renda deve ser apurado e recolhido pelo próprio investidor.

O pagamento é feito via Documento de Arrecadação Federal (DARF) no mês seguinte às operações. Lembre-se de descontar os emolumentos, taxas e as operações que deram prejuízo.

Seja qual for o investimento, esteja atento aos custos envolvidos em cada operação de sua carteira de maneira que possa dimensionar o impacto sobre os rendimentos. E sempre que possível, evite despesas desnecessárias.

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