Depreciação Linear: entenda o que é e como é feito seu cálculo
Se aprofunde no conceito de Depreciação Linear e saiba como aplicar seu cálculo. Confira o material que preparamos.
23/11/2019
Investimentos

Todo produto sofre depreciação. A partir do momento que você o adquire, o valor de revenda começa a reduzir. É um processo de desvalorização que é associado ao uso, à redução do tempo de vida útil e a qualidade de funcionamento.
A lógica é bem clara: quanto mais tempo o produto está em uso, mais danos ele sofre e menos tempo de vida em uso ele tem. Ela se aplica a diversos tipos de bens: veículos, imóveis, equipamentos, eletrônicos e outros.
Existem diversas fórmulas para o cálculo da depreciação e uma delas é a depreciação linear.
Depreciação linear: o que é?
Seguindo a ideia de que todo bem sofre depreciação, a linear é aquela que considera que isso ocorre de maneira uniforme, ao longo do tempo. É a fórmula mais usada por empresas no cálculo das despesas e perda de valor de bens do negócio.
Além de ser a mais usada, é a fórmula que calcula a desvalorização de maneira mais simples. Por considerar uma ocorrência proporcional e linear, torna a compreensão do processo de perda de valor mais compreensível e fácil de entender.
O objetivo central do modelo de cálculo é permitir que você identifique, considerando a vida útil do bem observado, qual a depreciação anual apresentada.
Apesar da depreciação ocorrer anualmente até o fim da vida útil do bem, é importante destacar que o valor nunca será igual a zero. A fórmula considera o chamado valor residual, ou seja, o quanto aquele bem continua valendo mesmo após seu esgotamento.
Como funciona?
Cada bem tem seu tempo estimado de vida útil, valor residual e porcentagem anual de depreciação.
A vida útil é o tempo que leva entre a aquisição do produto e o momento em que ele deixa de gerar caixa ou começar a representar um custo. Já o valor residual é o valor que sobra, em relação ao custo de aquisição, quando a vida útil do bem termina. É possível que, em caso de desgaste total, o valor residual seja zero.
Por último, temos a porcentagem anual de depreciação do valor, que é diferente para cada categoria de bem, como vemos nos exemplos:
- Edifícios: 4%
- Máquinas: 10%
- Equipamentos: 10%
- Móveis: 10%
- Veículos: 20%
- Computadores: 20%
Esses são os elementos utilizados para calcular a depreciação dos bens. Veja, a seguir, como o cálculo é feito.
Como calcular a depreciação linear?
O cálculo da depreciação é feito a partir de uma fórmula fixa:
Depreciação anual = (Custo de aquisição – Valor residual) / Anos de vida útil.
O custo de aquisição é conhecido pela nota de compra, mas o valor residual e os anos de vida úteis, em geral, são estimados pela empresa.
A depreciação deve ser considerada nos ativos da empresa, impactando o valor registrado para o bem no patrimônio. Para obter essa informação, no entanto, o cálculo não é o mesmo, mas sim um de depreciação acumulada. É necessário aplicar a seguinte fórmula:
Depreciação anual x Anos de vida útil = Depreciação acumulada
Com esse valor em mãos, seguimos para a segunda parte da conta:
Custo de aquisição – Depreciação acumulada = Valor de registro nos ativos
As fórmulas devem ser realizadas antes de todo balanço anual, sendo essencial revisar a estimativa de vida útil e o valor residual dos bens antes do cálculo.
O cálculo na prática
Com valor residual:
Custo de aquisição: R$ 8 milhões
Valor residual: R$ 300 mil
Vida útil: 10 anos
Depreciação anual = (8.000.000 – 300.000)/10 = R$ 770.000
Ou seja, a cada ano esse equipamento tem uma depreciação linear de R$ 770 mil nas despesas da empresa.
Sem valor residual:
O processo é o mesmo, alterando apenas o valor inserido no campo Valor residual, de forma que:
Custo de aquisição: R$ 8 milhões
Valor residual: R$ 0
Vida útil: 10 anos
Depreciação anual = (8.000.000 – 0)/10 = R$ 800.000
Nesse caso, a cada ano esse equipamento tem uma depreciação de R$ 800 mil nas despesas da empresa.
Depreciação: custo ou despesa?
No momento de colocar na contabilidade, é essencial definir se a depreciação é um custo ou uma despesa. Definir isso depende de alguns fatores.
Se o bem em questão é utilizado diretamente nas operações da empresa, como ocorre com máquinas e computadores, entre outros, a depreciação deve ser um custo. Do contrário, a depreciação é uma despesa.
A diferença entre os dois, mais do que a aplicação direta do bem, são os relacionados à geração de receita. Todo equipamento que impacta diretamente a geração de receita entra no cálculo do valor pago no Imposto de Renda e, por isso, deve ser considerado um custo.
Depreciação e investimento
Existem diversas aplicações financeiras que devem levar em consideração a depreciação linear no rendimento. Esse é o caso, por exemplo, de fundos imobiliários. Para investir de maneira consciente e prever esse tipo de influência nos resultados obtidos, procure a Capital Research e tenha acesso a conteúdos completos e exclusivos para conquistar o máximo de seus investimentos.
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