Como aplicar na bolsa de valores: passo a passo

Quer ganhar dinheiro no mercado de ações de olho no longo prazo? Descubra como aplicar na bolsa de valores em 6 passos simples.

Entender como aplicar na bolsa de valores é o primeiro passo para quem deseja ganhar dinheiro no mercado de ações.

Nos últimos anos, o número de investidores na Bolsa de Valores brasileira vem crescendo mês a mês, e o interesse pela renda variável aumenta à medida que a educação financeira avança no país.

O movimento é explicado pela queda vertiginosa da taxa Selic, que reduziu os ganhos da renda fixa e levou o brasileiro a olhar com mais carinho para a renda variável.

Esse também é o seu caso? Então você veio ao lugar certo. Neste artigo, você vai entender como aplicar na bolsa de valores com um passo a passo simplificado.

Qualquer um pode aplicar na bolsa de valores?

Engana-se quem pensa que aplicar na bolsa de valores é exclusividade dos mais ricos. Qualquer pessoa que esteja interessada na própria independência financeira pode investir na bolsa de valores.

Dependendo do tipo de investimento, é possível começar na bolsa de valores com menos de R$ 50. Isso não significa que você vai alcançar a liberdade financeira com apenas esse valor investido, mas mostra que a bolsa de valores é um local democrático, ao alcance de qualquer pessoa.

Para investir na bolsa de valores, basta criar uma conta em uma corretora credenciada junto à B3, a bolsa de valores brasileira, transferir o dinheiro e começar a investir.

Simples assim. Mas será que vale a pena aplicar na bolsa de valores? É o que veremos no próximo tópico.

Vale a pena aplicar na bolsa de valores?

A resposta para essa pergunta depende de um fator: o prazo para o seu investimento.

Se você quer aplicar para o curto prazo – alguns dias, semanas ou meses –, a bolsa de valores não é o melhor investimento.

Isso porque a renda variável faz exatamente o que o nome diz: varia ao longo do tempo. Assim, em um curto prazo, de até cinco anos, você pode ficar com o investimento negativo, até que o mercado siga o seu rumo e se valorize.

Agora, se o seu horizonte de investimento é o longo e longuíssimo prazo, chegando a 30 anos, não existe nenhuma aplicação mais rentável do que a bolsa de valores.

Nos Estados Unidos, que possui um ecossistema de investimentos mais desenvolvido do que o brasileiro, o professor de finanças Jeremy Siegel comprovou, com um estudo de mais de 200 anos, que a bolsa de valores supera outros ativos no longo prazo, como a renda fixa, o ouro e o dólar.

Há um gráfico bem conhecido dos investidores de longo prazo, que prova isso:

De 1802 a 2002, um dólar investido em ações teria se transformado em US$ 704,9 mil, já descontada a inflação do período.

Embora faltem estudos desse tipo no Brasil, a lógica é a mesma: no longo prazo, o melhor destino para o seu dinheiro são as empresas que geram valor e se mostram resilientes.

Nos últimos anos, a bolsa de valores vem crescendo em popularidade no Brasil devido à queda vertiginosa da taxa básica de juros, a Selic, que serve como referência para os investimentos em renda fixa.

Com os títulos públicos pagando menos do que a inflação do período, os investidores acabam migrando para a bolsa, onde o risco é maior, mas as possibilidade de ganhos também.

É por isso que, em 2020, o recorde de CPFs cadastrados na bolsa de valores foi batido mais de uma vez.

Mas atenção: para saber se a bolsa realmente é indicada para você, é necessário entender o seu perfil de investidor

Você precisa aceitar a exposição ao risco e ficar confortável mesmo que a rentabilidade seja negativa por algum período.

É por isso que o recomendado é iniciar aos poucos, além de não esquecer de manter uma carteira diversificada, com exposição controlada de risco. 

A seguir, veremos como começar a aplicar na bolsa de valores.

Como aplicar na bolsa de valores em 6 passos 

Está decidido a aplicar na bolsa de valores? Listamos alguns passos simples para você começar a investir.

1. Busque conhecimento

O primeiro passo é um dos mais trabalhosos: aprender a investir. 

Leva tempo, é cansativo e pode ser maçante no início, até você pegar o jeito e começar a entender melhor o funcionamento do mercado financeiro.

Mas não há outra opção, e aqui vai uma lição importante: ninguém pode fazer isso por você.

Então, procure cursos, conheça as casas de análises, estude seus relatórios, encontre um mentor, entre em fóruns de discussão na internet, consuma vídeos, blogs e perfis dedicados ao tema nas redes sociais.

É um processo contínuo, que não termina nunca. Aprenda sobre o investimento em ações e em fundos de investimento imobiliário, conheça a análise técnica e também fundamentalista. 

Entenda como as empresas geram valor e como interpretar seus relatórios, além do movimento dos preços das ações.

2. Organize suas finanças

Antes de investir na bolsa de valores, você precisa organizar a sua vida financeira.

Isso porque o investimento na bolsa de valores é um investimento para o longo ou longuíssimo prazo. Você não pode colocar, na bolsa, um dinheiro do qual pode precisar em algumas semanas ou meses.

Por isso, antes de pensar em investir na bolsa, você precisa calcular o montante que está disposto a alocar, e organizar a vida financeira da sua família pensando nesta nova realidade.

Tente imaginar viver sem o dinheiro que você pretende aplicar na bolsa. É possível? Se não for, é hora de criar a sua reserva de emergência.

3. Faça reserva de emergência

A reserva de emergência é um conceito primordial para quem pretende investir buscando a independência financeira.

Essa reserva deve ser o primeiro destino do seu dinheiro, assim que você conseguir poupar mais do que recebe mensalmente.

Ela servirá para lhe socorrer em momentos de urgência e grande necessidade, como uma doença na família ou o desemprego inesperado.

Idealmente, a reserva de emergência deve possuir um valor corresponde a 6 meses do seu custo de vida mensal.

Assim, você sabe que, se o pior acontecer e você ficar sem nenhuma fonte de renda, consegue sobreviver mantendo o mesmo nível de vida por seis meses.

A reserva de emergência deve ser aplicada em investimentos de alta segurança e liquidez na renda fixa, como títulos do Tesouro Direto com liquidez diária.

4. Crie conta em corretora

Depois de organizar a sua vida financeira e montar uma reserva de emergência, é hora de abrir conta em uma corretora de valores.

Nessa hora, a dica é comparar todas as opções disponíveis para encontrar a melhor corretora para sua necessidade.

Leve em conta as taxas cobradas, mas também a infra-estrutura da plataforma e a qualidade dos serviços oferecidos para calcular a corretora que oferece o melhor custo-benefício para você.

5. Escolha fundos ou ações

Para quem está começando na bolsa de valores, há basicamente três opções:

  • Investir em fundos de ações
  • Investir em ETFs
  • Investir em ações

Os fundos de ações são recomendados para quem não pretende estudar os ativos pessoalmente, nem quer fazer a gestão ativa da carteira.

Ao comprar uma cota do fundo, o seu dinheiro fica nas mãos do gestor, que tem experiência no assunto e é especializado na análise de ações.

Outra opção é investir em ETFs, que replicam algum índice da bolsa. 

Essa é uma das maneiras mais baratas e simples de se expor à renda variável, porque a rentabilidade do seu investimento será muito semelhante ao índice de referência, sem que você precise se preocupar em escolher as ações.

E a última alternativa é montar uma carteira de ações para você. Neste caso, é necessário alguma experiência e conhecimento do mercado de ações, para que você possa identificar as melhores oportunidades no longo prazo.

6. Comece a investir aos poucos 

Seja qual for a sua decisão, uma dica fundamental é começar aos poucos.

À medida que o seu conhecimento for aumentando, você se sentirá mais confiante para alocar uma parte maior do seu patrimônio.

Começando aos poucos, você controla o risco, o que é ideal para quem está aprendendo.

E aí, gostou das dicas? Agora que você já sabe como aplicar na bolsa de valores, é só dar os primeiros passos. Depende apenas de você!

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